VARIEDADES - Nunca é tarde para recomeçar

Funcionários da Cooperaliança aceitaram o desafio de retornar às salas de aula e mergulharam de cabeça na idéia de que, para aprender, nunca é tarde, mas para isso têm que ter muita boa vontade.

Retornar para o banco escolar depois de 29 anos sem frequentar uma sala de aula foi um desafio na vida do técnico em contabilidade Amarildo Oliveira, o Ratinho. Hoje ele exerce a função de colaborador da Central Operacional de Distribuição (COD) da Cooperaliança, mas começou sendo vigia da unidade da empresa no Balneário Rincão em 2003.

Casado, pai de dois filhos e já avô, aos 46 anos, ele considera o fato uma vitória, pois trabalha o dia todo na Cooperaliança e estuda a noite na Escola Técnica SATC (Sociedade Associada aos Trabalhadores do Carvão), em Criciúma, onde cursa Eletrotécnico.

Segundo Ratinho, a decisão surgiu com a necessidade do trabalho no dia-a-dia e a determinação fez com que ele abandonasse a rotina de voltar para casa após o expediente para curtir a família. O lazer ficou reservado para o fim-de-semana. "Preciso aprimorar meus conhecimentos, assim como todas as pessoas, e como a empresa ofereceu a oportunidade, eu não perdi", disse ele, ao destacar que, para um retorno depois de tantos anos, é fundamental muita força de vontade e persistência.

Na cooperativa, Ratinho não é o único funcionário que voltou para a sala de aula. Agnaldo Joceli Ezequiel, Edson Quadra e Silva Júnior, Sérgio Luiz Custódio, Donizete Niehues, Joacir Calegari, João Carlos Denoni, José Cardoso, Silvano Martinho Hellmann, Geovane da Silva Vianna, Jair Ouriques Fernandes, Moacir Pacheco, Osmar Stefani de Souza, Sérgio José Matias, Airton Teixeira, Elias Roussenq, Geovano de Souza Fernandes, Saimon Pizzetti Gomes e Airton Pizzetti também aceitaram o desafio e mergulharam de cabeça na idéia de que, para aprender, nunca é tarde.

O presidente da Cooperaliança, Pedro Deonísio Gabriel, acredita que este retorno em massa se deu em virtude da visão futurista que os funcionários possuem. Acredita ainda que dentro de poucos anos as exigências no trabalho devem aumentar e consequentemente os cursos especializados serão obrigatórios para empresas de distribuição de energia. "Para nós, é além de muito orgulho, de fundamental importância apoiar os novos estudantes no crescimento profissional e cultural que estão buscando", comenta o presidente da cooperativa de energia elétrica.

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