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terça-feira, 17 de maio de 2011

CAPA: Edição2.107 - Içara, 17 de maio de 2020

Eleição secreta do veto da APA vira caso de polícia
(Bruna Borges/Jornal Içarense)


Por falta de apoio Grupo de Escoteiroa fecha as portas
(Divulgação)


Situação do PP deve se resolver depois do dia 23
(Arquivo/Jornal Içarense)

EDITORIAL - Quem votou contra a APA e Fundai?

O veto do prefeito Gentil da Luz ao projeto de lei que extingue a Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz e reduz atribuições da Fundai foi rejeitado por sete votos contrários e três favoráveis. Os únicos vereadores que se manifestaram na tribuna, garantindo que não rejeitaram o veto foram Dilnei Lima e Diego Vittorassi .
A Polícia Civil interviu a sessão e levou as cédulas para perícia e se for comprovado que houve cédula marcada o caso será investigado como crime de alteração de documento público e prevaricação. Se não for achado nada de irregular a votação será considerada legal. Só que o mistério é descobrir quem mijou fora do pinico.

De olhovivo na Educação

A minha vida escolar foi conturbada, vivi o avanço progressivo, fui alfabetizada na terceira série do primário. Na década de 70, em pleno regime militar não tinha reprovação. Até que encontrei uma professora que me alfabetizou em sua casa, era a educadora Salete Scotti dos Santos. Lembro de sua didática, era a paciência.
Tornei-me professora, estou a 25 anos no magistério.. Passei por muitas mudanças e modismos na educação. Já alfabetizei com cartilhas para lá de ruins. A frase que eu não esqueço era que a vaca voava. Eram textos sem nexo. Mas alfabetizei. Com poucos eu não consegui.
O mundo passou por transformações profundas. A escola não poderia ficar fora destas transformações.
Acredito que a maior mudança foi no entendi-mento do funcionamento cerebral, de como o cérebro aprende. Isso nos levou a entender melhor quem não aprende e por que não a-prende.
Algumas das mudanças, feita pela Secretaria Esta-dual de Educação estão me deixando preocupada.
Pelo menos, há três anos eu não consigo reprovar alunos, não que a reprovação seja a única saída. Defen-di no meu curso de graduação, que a reprovação, sozinha, pouco ajuda, ela precisa vir com reforço es-colar, pois se corre o risco de no próximo ano não mu-dar nada e o aluno ser reprovado novamente. Mas passar para frente alunos que não se apropriaram dos conteúdos mínimos? É no mínimo preocupante.
Não temos o reforço escolar. Contamos com pouca ou nada de ajuda fora da sala, já que a família não tem tempo para ajudar os filhos. Então fica tudo para ser resolvido na escola. Não raro encontrarmos alunos na quinta série que mal sabem escrever seu nome. Vão passando. Várias são as justificativas para passar os alunos. Mas aos olhos da sociedade são os professores que não estão trabalhando bem.
Reportagens e mais reportagens sobre fracasso na educação pública brasileira. Eu me sinto envergonha-da. Sei que a maioria dos professores fazem o melhor.. Mas sozinhos nesta cruzada, fica difícil obter bons resultados.

POLÍTICA - PP Estadual promete agendar visita a Içara depois do dia 23

Por falta de consenso, o PP de Içara não elegeu novo Diretório e Executiva e está sem comando; levada à apreciação do Diretório Estadual, a situação só será definida depois do dia 23.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

Desde março o PP de Iça-ra está sem comando oficial, devido à falta de con-senso na criação do novo Diretório.
A situação foi levada a Executiva Estadual, a fim de que se manifestasse.
Em abril, o presidente Es-tadual do PP, Joares Ponti-celli, havia prometido reu-nião entre a Executiva Esta-dual, depois do feriado de Páscoa, para decidir o rumo da sigla em cada cidade on-de houve falta de consenso.
Porém, nesta segunda-feira, dia 16, Ponticelli ex-plicou que o encontro será feito só depois do dia 23.
“Nós estamos agendando para a próxima semana, após o dia 23, uma reunião com as lideranças locais. Vamos encontrar uma data para que possamos discutir o assunto”, respondeu.
Ponticelli ressaltou que o Diretório Estadual só se en-volve nos municípios quan-do é solicitado. “As questões que envol-vem as estâncias municipais do nosso partido, deixamos sempre a cargo de seus membros os encami-nhamentos. As Executivas Municipais têm total auto-nomia para isto”, disse.
Entretanto, o presidente esclareceu que as lideranças do partido não têm medido esforços para ajudar nos mu-nicípios. “Nos municípios que existem dificuldades pa-ra montar a Executiva, no-ssos deputados estaduais, fe-derais, prefeitos e demais li-deranças, vêm participando das discussões para que possamos chegar a um con-senso ou resolver da melhor forma possível”, enfatizou o presidente estadual.
Ponticelli ainda disse que a Executiva Estadual está trabalhando para o fortaleci-mento do partido em todas as regiões e recebendo novos filiados “de peso”. “Com cer-teza nosso trabalho hoje nos renderá ótimos frutos no ano que vem”, declarou.
A convenção do PP de Iça-ra, em março, foi cancelada porque quase 80 militantes se mostraram interessados em participar do Diretório. Porém, comporta 44 nomes. E ninguém abriu mão.

GERAL - Teatro conscientiza sobre abuso sexual contra crianças

O Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infanto Juvenil em Içara foi marcado pelo teatro “Isso não é brincadeira”, a peça apresentou reflexões sobre o assunto, no Centro de Eventos da FAI.

(Alex Cichella/Jornal Içarense)

Conscientizar e sensibi-lizar as pessoas a respeito de um assunto delicado pode não ser tarefa fácil.
Por isso, o grupo teatral Detalhe de Teatro, de Indaial, criou a peça “Isso não é brincadeira”, para falar so-bre o problema da explora-ção sexual contra crianças e adolescentes de uma for-ma descontraída, a fim de chamar atenção do públi-co infantil e promover a prevenção.
A peça teatral foi apre-sentada em Içara nesta se-gunda-feira, dia 16, mar-cando o Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infanto-Juvenil.
O espetáculo, dinâmico e de contato direto com o público, foi composto por dois blocos de quatro cenas cada, que lançaram refle-xões acerca do assunto.
Organizado pela Admi-nistração Municipal de Içara, por meio da Secreta-ria de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Ren-da e Centro de Referência Especializado de Assisten-cial Social (CREAS), o even-to iniciou às 9h30min, no Centro de Eventos da Fun-dação Assistencial de Içara (FAI), na Praça da Juventu-de Fernando Luciano Pa-checo , no Centro da cidade. O teatro também foi apre-sentado na parte da tarde, às 14h30min.
“Sabemos que a violên-cia e o abuso sexual contra crianças e adolescentes a-contecem em todos os ní-veis sociais. Pode aconte-cer dentro ou fora das famí-lias. Precisamos estar aler-tas e fazer o nosso papel de cidadão, denunciar sem-pre, mesmo que seja suspei-ta”, enfatizou a assistente social e coordenadora do CREAS de Içara, Maria Celso da Silva, acrescen-tando que “o abuso envol-ve várias atitudes que po-dem culminar em violência sexual”.
A história da data está vinculada à morte de uma menina assassinada vio-lentamente. Aracelli Cabre-ra Sanches Crespo foi uma criança brasileira que mor-reu em 18 de maio de 1973. O corpo foi encontrado so-mente seis dias depois, desfigurado e com marcas de abuso sexual.
Depois de 27 anos, a da-ta da morte foi transfor-mada no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Explo-ração Sexual de Crianças e Adolescentes, pelo Con-gresso Nacional.

POLÍCIA - Motorista bate em redutor no PV e sofre ferimento leve

O condutor de um Monza perdeu o controle na Rodovia SC-444, próximo ao bairro Presidente Vargas, acabou colidindo com um redutor de velocidade, e sofreu ferimentos sem gravidade.

(Alex Cichella/Jornal Içarense)

Na madrugada de domingo, E.P. motorista do Monza placas MAH-8151, de Criciúma, perdeu o controle do veículo e colidiu com um redutor de velocidade, na Rodovia Paulino Búrigo (SC-444), próximo ao trevo de acesso ao bairro Presidente Vargas, em Içara.
Conforme o Corpo de Bombeiros de Içara, o condutor do Monza apresentava apenas um corte dentro da boca e um corte na orelha. Foi levado à Emergência do Hospital São Jo-sé, em Criciúma, para fazer exames, pois o volante foi arremessado com o impacto e pode ter causado feri-mentos internos a vítima.
Uma outra ocorrência foi atendida pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Içara, no final da tarde de sábado, na Rodovia SC-444. A feminina E.R., 51 anos, tentava atravessar a rodovia quando foi atingida por um veículo. Ela sofreu ferimentos na cabeça, nas mãos e no pé esquerdo.
Na tarde desta segunda-feira, uma ca-potagem foi registrada na BR-101, em Espla-nada, Içara, e deixou uma pessoa ferida.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, de Tubarão (PRF), A.S., 35, condutor do Fiat Punto, de Braço do Norte, perdeu o controle quando se dirigia à Tubarão e deu cerca de duas voltas com o veículo ao sair da pista. Ele acionou o Corpo de Bombeiros e se manteve no carro até a chegada do salvamento. S. foi encaminhado ao Hospital São Donato, em Içara, para fazer exames.
Abélio Francisco, 45, mor-reu ao ser atropelado na noite de domingo, na SC-437, que liga a BR-101 a Ima-ruí. T.S.O, 25, motorista do Uno placas MAW-6332, de Imaruí, não sofreu ferimen-tos. Ele recebeu primeiros socorros mas não resistiu.

VARIEDADES - Grupo de Escoteiros de Içara fecha as portas

Por falta de ajuda financeira e de voluntários, o Grupo de Escoteiros Djalma Marques, de Içara, está de portas fechadas desde o segundo semestre de 2010; o grupo tem mais de 30 anos.

(Alex Cichella/Jornal Içarese)

O Grupo de Escoteiros D-jalma Marques Escarava-co, de Içara, começa nesta semana o processo de des-ligamento da União dos Escoteiro do Brasil (UEB).
Criado há mais de 30 a-nos, o grupo ficou sem for-ças no município.
Sem apoio financeiro e falta de interesse dos adul-tos de serem voluntários, os içarenses perdem uma das mais antigas institui-ções da cidade.
O grupo era um dos pou-cos em Santa Catarina que possuía sede própria, loca-lizada no bairro Jardim Silvana, e levou os valores do escotismo para milhares de crianças de Içara.
Segundo o atual presi-dente, Jorge Félix Rabassa, o grupo vem passando por várias dificuldades, e ele, em conjunto com alguns voluntários do movimento, procurou apoio na socieda-de, por meio das lideran-ças empresariais e até com ex-escoteiros (que hoje pos-suem uma posição de des-taque na sociedade), porém as tentativas foram em vão. Por isso, desde o segundo semestre de 2010 a sede es-tá fechada, pois não tinha recursos para pagar a anu-idade exigida pela União de Escoteiros do Brasil (UEB).
Neste sábado, dia 14, Fé-lix esteve reunido com di-rigentes da Regional de Santa Catarina da UEB, para explicar mais uma vez a situação, além de come-çar o processo de desliga-mento do grupo de Içara.
Conforme regra, a sede e todos os pertences serão en-tregues para a UEB que dará o destino para o material.
Rabassa afirma que não tem mais condições de estar à frente do grupo, por ques-tões de saúde, e por isso, ten-tou inúmeras vezes procu-rar uma liderança para as-sumir a instituição. "Mas, passado quase um ano, até agora ninguém mostrou in-teresse para assumir o car-go", lamenta.
Seguindo à risca algu-mas das Leis Escoteiras que fala que "O escoteiro é amigo dos animais e das plantas" e que "O escoteiro está sempre pronto para ajudar o próximo", o Grupo de Escoteiros Djalma Mar-ques Escaravaco, partici-pou, ao longo da história de várias ações ambien-tais e comunitárias.
Na enchente de 1996, que atingiu várias comuni-dades do Sul de Santa Ca-tarina, os jovens do grupo ficaram responsáveis pela arrecadação de roupas e alimentos, além de organi-zar todo o processo de dis-tribuição dos materiais nas comunidades.
O Movimento Escoteiro surgiu no mundo no come-ço do século 20, em Lon-dres (Inglaterra). O funda-dor, o militar Baden-Po-well, ao voltar de uma bata-lha na África, observou que com a crise industrial, mui-tas famílias ficaram sem assistência, e com isso, os filhos procuraram as ruas para mendigar, e até come-ter pequenos furtos. Diante de tanta decadência de va-lores, Baden-Powell, resol-veu resgatar essas crianças, e com isso deu-se início ao movimento do escotismo.

ESPORTE - Criciúma perde e o título fica com a Chapecoense

Neste domingo, o Tigre foi até Chapecó, no Oeste do Estado, e com um gol contra de Carlinhos Santos foi derrotado pelo time da casa que ficou com o título de campeão catarinense 2011.

(Divulgação)

Mais uma vez, o Criciú-ma tentou acabar com o jejum de títulos do Campeonato Catarinense e fracassou. Mesmo jogando um futebol ofensivo e determinado o Tigre não aproveitou as várias oportunidades de marcar, e acabou não resisitindo a pressão da torcida e do bom time da Chapecoense.
O único gol da partida foi marcado aos 23 minutos do segundo tempo por Carlin-hos Santos, que na tentativa de tirar um bola cruzada por Nenem na área e de cabeça acabou colocando nos fundos da rede. Foi uma punição muito grande para aquele que era considerado pela torcida como jogador simbolo do time.
Depois do gol, o Tigre, tentou reagir e criou muitas oportunidades de empatar mas as bolas para-ravam nas mão do goleiro Rodolfo, um gigante em campo.
Pelo lado do Tigre, An-drey atuou muito bem e defendeu todas bolas chutadas pelos jogadores do Verdão, só não conseguiu segurar a cabeçada contra de Carlinhos Santos.
Tristes pela perda do título, os jogadores se trancaram nos vestiários e não foram receber a premiação, tarefa que co-ube ao diretor de patri-mônio, Car-los Henrique Alamini.
Em cinco a-nos, esse é o terceiro título de vice-campeão do Cri-ciúma.
No próximo sábado, a e-quipe tricolor volta a campo. No Estádio Heriberto Hülse, vai enfrentar o Gua-rani-SP, na estreia do Brasileiro da Série B.
O técnico Edson Gaúcho terá a ardúa tarefa de fazer o Criciúma retornar a elite do futebol brasileiro em 2012. Mas para isso terá que superar os adversários da Segundona Nacional.
Em 2010, a Chapecoense amargou com o rebaixamento e agora deu a volta por cima com a conquista do título estadual.
Não tirando os méritos da Chapecoense, muito bem treinada po Mauro Ovelha, o melhor técnico de Santa Catarina, mas o time do Oeste somente participou do Catarinense na vaga deixada pelo Atlético de Ibirama, que pediu licença por tempo indeter-minado à Federação Cata-rinense de Futebol (FCF).
Também contou com a colaboração do Atlético de Tubarão, que não brigou na Justiça Desportiva para ser o terceiro da Série B a subir para a Série A do Estadual.
Mas é importante deixar registrado é que a direção da Chapecoense teve competência dentro e fora do campo, manteve a base, reforçou a equipe que foi responsável pela conquista do re-turno e do quarto título estadual, com a melhor campanha da competição.