Com fotografias antigas das primeiras famílias italianas a colonizarem Içara, a Casa da Cultura pretende fazer renascer o amor pela cultura italiana nos corações dos içarenses.
Segundos dados do consulado italiano, aproximadamente 90% das famílias içarenses têm sobrenome de origem italiana.
Poucos sabem, por exemplo, que as duas primeiras famílias italianas que colonizaram a nova Belvedere (primeiro nome do município de Içara) foram os Zilli e os Mangilli.
É pela falta de conhecimento dessa e de outras informações e histórias, que a Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes realizará, entre os dias 17 e 27 de março, uma exposição de fotos das primeiras famílias italianas que fundaram o município de Içara.
Segundo o expositor, Elias Zilli, o objetivo é justamente resgatar a importância da origem, da língua, da comida, enfim, da cultura italiana, já que a atual de Içara é nada menos do que o resultado da difusão desta cultura imigrante com as demais culturas brasilianas.
A exposição contará com dezenas de fotos antigas (entre 70 e 100, ainda a serem selecionadas). Também serão expostos os brasões oficiais das famílias italianas, com um breve histórico sobre cada um, entre outras curiosidades, como um bilhete do Nave a Vapore Garibaldi, navio pelo qual essas famílias chegaram ao Brasil.
Muitas pessoas só se preocupam em saber sobre os ancestrais italianos, quando tentam adquirir a Cidadania Italiana - que requer provas, através de certidões de nascimento, casamento e óbito, de que se trata de um descendente de italiano legítimo -, já que através da dupla cidadania, pode-se viajar para a Itália e fixar-se lá legalmente.
"A ideia é fazer as pessoas se interessarem realmente pela nossa história. Içara é a única cidade de colonização italiana que ainda não tem um monumento sequer em homenagem àquelas pessoas, que são o alicerce da história içarense", conta Zilli, que está preparando um documentário em vídeo sobre esse tema, com filmagens feitas em Içara e na Itália, nas províncias de onde vieram os imigrantes.
A abertura será no dia 17 e terá duração aproximada de quatro horas (o horário de início não foi estabelecido ainda pela organização). Os alunos das escolas públicas da região já es-tão convidados para prestigiar a exposição.
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