O agente da Delegacia Civil de Içara relatou o número de mulheres do município que registraram Boletim de Ocorrência por agressão dos maridos. Para ele, algumas já viraram freguesas da polícia.
“Foram 22 inquéritos de violência doméstica incluindo duas com prisão em flagrante”, informou o delegado de Içara, Rafael Marin Iasco.
Os dados levantados foram em relação a violência doméstica e familiar contra mulheres de Içara, decorridas desde janeiro até ontem. De acordo com informações registradas na Delegacia Civil da comarca de Içara os principais crimes relacionam ameaças, difamação e injúrias. “Neste ano não houve nenhum ca-so que possa ser considerado uma tragédia. Em relação a 2008 podemos dizer que diminuiu 50% das agressões contra mulheres”, informou Marin que relacionou a mudança com o funcionamento da Lei Maria da Penha. “Com essa diminuição podemos concluir que a lei está funcionando. Os homens estão vendo que a agressão contra as mulheres pode ter sérias consequências”, concluiu.
Ele ainda contou sobre fatos curiosos que ocorrem com frequência na delegacia. “Algumas mulheres aqui já viraram ‘freguesas’. Na hora da raiva elas vêm até agente e registram o Boletim de Ocorrência, passada uma semana elas voltam e dizem que desistiram da continuação do processo”, conta Rafael.
Ele concluiu a situação dizendo que o caso se da devido a algumas mulheres terem medo de perder a estabilidade financeira. “Se eles forem presos, consequentemente não irão mais trabalhar. Elas ficam recuadas e acabam pedindo Medida Protetiva para manter o marido afastado sem ter que se separar do mesmo.
A Lei Maria da Penha se estende também a namorados, que ao baterem nas companheiras podem ser enquadrados.
Foto: Kelley Alves (Jornal Içarense)
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