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segunda-feira, 8 de março de 2010
COLUNISTA - Viviane Maragno
Doença de Alzheimer -1
Sinônimos e nomes populares: demência, esclerose e caduquice, mostra desconhecimento da doença.
O que é? A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.
Quais as causas?
As causas ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença:
- Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurô-nios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.
- Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.
- Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal.
- Pré-disposição genética em algumas famílias, não de forma hereditária.
Sintomas:
- "Eu vivo me esquecendo..."
- "Não me lembro onde deixei..."
- "Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas."
- "Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário... meu pai se perdeu..."
São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa e melhora a convivência com o doente.
Diagnóstico:
Uma das dificuldades em realizar um diagnóstico de Doença de Alzheimer é a aceitação da demência como consequência normal do envelhecimento.
O diagnóstico é feito através da exclusão de outras doenças que podem evoluir também com quadros demências.
Por exemplo:
- Traumatismo craniano
- Tumores cerebrais
- Hidrocefalia
- Hipovitaminoses
- Depressão
- Arteriosclerose
- Intoxicações ou efeitos colaterais de remédios
- Intoxicação por drogas e álcool
- Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)
O tratamento:
Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela condição. Antipsicóticos podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos, garantir a segurança e a dos que a rodeiam.
A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados.
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