As pessoas que procuram o pronto-socorro tem duas opções, ou aguardam na fila do Sistema Único de Saúde ou pagam R$ 80, para atendimento particular, cujo valor é rateado entre hospital e médico.
A manhã de terça-feira foi agitada no pronto-socorro do Hospital São Donato (HSD), em Içara.
A pensionista Edinete dos Santos, moradora do bairro Jaqueline, relatou que chegou ao local para ser atendida às 9h, mas que haviam sete pessoas esperando para serem atendidas. Edinete estava com várias queimaduras pelo corpo, resultado de descuido durante as atividades domésticas, e como estava com muita dor, pediu para ser atendida logo, mas ouviu como resposta que o médico estava atendendo uma outra emergência naquele momento e tería que aguardar.
Conforme a pensionista, essa não é a primeira vez que um caso como esse acon-tece, visto que ela já teve de esperar três horas para ser atendida através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Também houve outro caso de uma paciente que, devido a forte dor, teve que pagar R$80 para ser atendida rapidamente e ainda, pagou R$120 por um ultrassom.
Conforme a administra-dora do HSD, Morgana Zock, o R$ 80 é pago para o atendimento de emergência particular. “Desse valor, R$50,00 é cobrado pelo médico e R$30,00 pelo hospital. Após escolher o encaminhamento particular, todas as providências serão realizadas assim, até mes-mo a medicação”, relata afirmando que os recibos emitidos pelo médico não tem o carimbo do hospital, pois a quantia fica com eles.Sobre a demora no tempo de atendimento, relata que a prioridade é urgência e emergência, como os quadros de infarto, hipertensão, acidentes. “Só na manhã de hoje (terça), tivemos um caso de acidente de motocicleta e pré-cardiologia. Essas pessoas estavam correndo riscos”, relata.
Contudo, para evitar o caos na fila de espera, será contratado um profissional de enfermagem que será responsável pela triagem dos pacientes, totalizando três pessoas que irão se revezar na função. “Também queremos instruir as pessoas a virem ao pronto-socorro somente se o caso for muito grave. Nos casos de gripe, febre e dor de cabeça, elas devem procurar o posto de saúde”, completa,
Morgana cita que durante o ano de 2009, 69.060 pessoas foram atendidas, e sobre o número de atendimentos diários, o número não é limitado.
Sobre o exames de ultras-som, a diretora afirma que ele é terceirizado, mas que o único aparelho fica no hospital, e que existe um contrato de prestação de serviços e de locação do espaço físico, cujo valor é investido em serviços gerais para o hospital. “A não ser que faça parte do procedi-mento no atendimento de urgência e emergência, ou internação, ele será pago”, declara.
A Administração Municipal de Içara repassa R$58 mil por mês para o pronto-socorro do hospital e o prefeito Gentil Dory da Luz afirmou, de Brasília, que é contra a cobrança realizada, assim como o médico plantonista Jairo Perucchi, em declaração ao jornalista Maso Nyetto.
Como o pronto-socorro é mantido pelo Poder Público a cobrança é ilegal e discriminatória diz o jornalista.
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