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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
COLUNISTA - Viviane Maragno,
Psoríase
O que é?
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, benigna, crônica, relacionada à transmissão genética e que necessita de fatores desencadeantes para o seu aparecimento ou piora (principalmente no inverno). Afeta 1% a 2% da população mundial. Acomete igualmente homens e mulheres, embora o início seja mais precoce nas mulheres. Existem dois picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após os 50 anos. E, em 15% dos casos, surge antes dos dez anos de idade.
Como se desenvolve?
É uma doença não contagiosa, multigênica (muitos genes envolvidos), e em parte dependente de fatores externos. Pode aparecer sob diferentes formas clínicas e diferentes graus da doença. É descrito 30% de incidência familiar. O desencadeamento pode ocorrer em qualquer idade, motivado por influência do meio, alguns medicamentos ou estresse. Em pessoas com história familiar, o início pode ser mais precoce.
O que se sente?
As lesões são muito típicas, com períodos de exacerbações e remissões, localizados principalmente em superfícies de extensão como joelhos e cotovelos, couro cabeludo, palmas das mãos, sola dos pés (áreas de maior traumatismo).
Como é feito diagnóstico?
O diagnóstico, em geral, é fácil, e baseia-se na história clínica e achado de lesões típicas com dados característicos na raspagem das lesões ao exame pelo médico. Em casos mais graves ou formas não usuais podese lançar mão de biópsia de pele (exame de pele com diagnóstico característico ou indicativo). Alguns exames laboratoriais podem colaborar na investigação de desencadeantes da doença (como diabete e infecção estreptocócica).
Como se trata?
É importante fornecer orientações gerais quando à doença, individualizando o tratamento conforme as características de cada paciente. Lembrar do aspecto não contagioso da doença, dos fatores desencadeantes, tais como estresse, frio, exposição excessiva ao sol, algumas doenças (diabetes não controlada, surtos infecciosos), e uso de alguns medicamentos. Casos leves a moderados (75% a 80% dos casos) podem ser controlados com medicação de uso local na pele, devendo sempre ser indicados e controlados pelo médico.
Os casos mais severos e extensos requerem uma abor-dagem mais controlada e agressiva, com medicações de uso oral em esquema rotativo, visando o mínimo de efeitos colaterais de cada medicação e uma tolerabilidade maior do paciente com o esquema proposto. A exposição moderada ao sol e a hidratação contínua da pele são importantes para a maioria dos pacientes.
Como se previne?
É muito importante esclarecer o paciente sobre a doença: sua evolução, desen-cadeantes, tratamentos disponíveis e envolvimento emocional. Não se tem ainda como prevenir a psoríase. Cada vez se estuda mais a doença, já com muitos avanços no tratamento, mas ainda é um desafio manter o paciente sem lesões com segurança por muito tempo.
Até a proxima semana com mais um assunto de interesse público.
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