(Daniela Soares/Jornal Içarense)
Parados há uma semana e sem avanços nas negociações, a adesão da paralisação bancária em Içara se torna integral. Ontem, os únicos dois bancos que ainda estavam em funcionamento, amanheceram com as portas fechadas.
“Nos oito municípios que o sindicato abrange a paralisação era quase total. Faltava apenas Içara na mobilização”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários, Valdir Machado da Silva.
Ele aponta, ainda, que no início da semana esteve em São Paulo participando da assembleias do Comando Nacional de Greve, em que foi constatado que a paralisação se tornou uma crescente em todo o país, apesar da morosidade das negociações. Ele disse ainda que um documento solicitando a realização de uma nova proposta foi encaminhado à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “A classe está aguardando ansiosa por uma nova proposta”, salienta.
“Estamos desde agosto em negociação. Optamos pela paralisação depois de muita conversa. Por isso pedimos a compreensão da população”, fala Valdir.
Conforme informações de funcionários do Banco Itaú, a agência não é favorável à paralisação, mas teve o funcionamento interrompido por intervenção do sindicato. O banco estaria entrando com uma ação judicial para retomar os serviços em breve.
O diretor do sindicado rebate dizendo que a decisão dos bancários pela paralisação foi unânime, em assembleia realizada no dia 28. “A opção da minoria é indiferente. Eles precisam ter coragem para dizer que não querem greve e depois não aceitar o aumento”, finaliza.
Na última segunda-feira, 4, a greve ganhou força com a adesão do Banco do Brasil e do BB-Besc, de Urussanga, do Banco do Brasil, de Nova Veneza, e HSBC, de Cocal do Sul. Sendo que no país a mobilização atingiu 7.532 agências. A categoria pede 11% de reajuste salarial, sendo que a última proposta foi de 4,29%, e outras reivindicações.
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