Operando desde o início do ano, a Ouvidoria Municipal de Içara foi alvo de dúvida e até crítica por parte de dois vereadores na sessão desta segunda-feira da Câmara Legislativa.
(Bruna Borges/Jornal Içarense)
A Ouvidoria Municipal, criada para ser um canal de interação entre a Administração Municipal e a comunidade, foi tratada com desconfiança por dois vereadores na sessão Legislativa de segunda-feira, dia 20.
Osmar Manoel dos Santos, o Marzinho (PP), fez um pedido de informação para que a Administração Municipal remeta um relatório ge-ral das atividades da Ouvi-doria, desde a instalação, ou seja, quais as sugestões, críticas, reclamações, denúncias ou solicitações apresentadas e se estas têm colaborado para melhoria dos processos de gestão, na qualidade de serviços prestados e no atendimento dos an-seios da sociedade.
“Ficaram um ano falando desta Ouvidoria. Contrataram gente de fora e gastaram muito dinheiro. Queremos ver se está dando resultado, se o município está resolvendo os problemas das pessoas”, justificou o vereador.
Apesar de não estar em um partido de oposição, co-mo Marzinho, o vereador A-cirton Costa (PMDB), criticou o departamento. “A Ou-vidoria está servindo como ‘cabide de emprego’”, disse. Porém, a observação de Costa pode estar ligada a uma desavença política, que transcende sigla partidária. É que o responsável pela Ou-vidoria é o integrante do Co-mitê Gestor, Gilmar Boni-fácio. Não é a primeira vez que o vereador fica contrariado quanto o assunto inclui o integrante da prefeitura. Em abril do ano passado Costa teceu duras críticas a Bonifácio, ofendendo a trajetória profissional. Até disse que ele teria "pouco tempo de vida na prefeitura". Porém, um tempo depois, em setembro, o vereador fez uma retratação, que foi lida durante uma das sessões da Câmara. A antipatia de Costa pelo integrante do Comitê Gestor tem origem na opinião diferente sobre os trabalhos da mineradora em Içara. Enquanto Bonifácio luta junto com o Movimento Içarense pela Vida (MIV) para impedir a instalação da mesma, o vereador articula politicamente para que isto aconteça. Foi até um dos que criou o projeto de lei que acabou derrubando a Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Cruz.
A Ouvidoria recebeu até junho 226 chamados, através da internet, por telefone e pessoalmente. Dos atendimentos feitos, 65,04% foram através da internet, 33,19% por telefone e 1,77% pessoalmente. O mês de março foi o que mais teve re-gistros de atendimento, 24,34% do total até o momento, sendo 55.
O atendimento é dividido nas categorias: Denúncia, Elogio, Pedido de Informação, Reclamação, Solicitação e Sugestão.
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