A assembleia estadual dos professores decidiu pelo retorno às aulas, mas os docentes ficam em estado de greve por até 120 dias; em Içara todas as escolas já iniciaram as aulas ontem.
(Alex Cichella/Jornal Içarense)
Os içarenses souberam durante o fim de semana, através de meios de comunicação e carro de som, que as aulas da Rede Estadual de Ensino retornariam nesta segunda-feira, dia 18, após 61 dias de greve dos professores.
Porém, nem todos os docentes retornaram ao trabalho. Um grupo continuou a paralisação e decidiu esperar pela assembleia estadual da categoria que aconteceu também nesta segunda-feira. Na Escola Estadual Professora Salete Scot-ti dos Santos, por exemplo, cerca de dez professores não foram trabalhar ontem, mas os alunos tiveram todas as aulas.
“A maioria retornou à sa-la de aula por causa da pressão feita pelo governo. As aulas iniciaram ainda na sexta-feira, dia 16, mas poucos alunos compareceram”, explicou a professora de História, Márcia Tu-ratti. Ainda de acordo com Márcia, os grevistas que restaram decidiram esperar o resultado da assem-bleia estadual, assim como determinou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) de Criciúma.
Em Florianópolis, durante a assembleia de ontem à tarde, o comando de greve avaliou que não era mais possível continuar a paralisação. Porém, uma nova assembleia ficou definida para daqui 120 dias.
“Com a decisão de terminar a greve, pela assemble-ia estadual, todos os professores de Içara e do Estado retornam ao trabalho”, esclareceu Márcia.
O Governo do Estado garante que os professores terão ganhos com a aprovação do Projeto de Lei Complementar 26, proposto pelo governo, na As-sembleia Legislativa.
Simulações realizadas pela Secretaria de Estado da Educação apontam que os professores poderão ter ganhos de até 43% já no sa-lário referente a junho. “A tabela da Educação é muito complexa e é importante registrar que a atual foi feita para que cumpríssemos a lei do piso”, afirmou o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps.
Já entre agosto e dezembro, quando os valores de regência de classe passarão a ser de 30% para as séries inicias e de 20% pa-ra séries finais e ensino médio, o aumento pode chegar a 46,6%. A partir de janeiro de 2012, a regência de classe volta a ser de 40% e 25%, respectivamente.
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