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quarta-feira, 13 de julho de 2011

POLÍTICA - Vereadores mantêm posição indefinida sobre a CPI

O Ministério Público de Içara requisitou a instauração de procedimento administrativo na Câmara, para apurar possível quebra de decoro, infração disciplinar ou perda de mandato.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Muni-cipal de Içara, para investigação da fraude das cédu-las marcadas, precisa de requerimento de um terço dos membros, ou seja, quatro vereadores, segundo o Regimento Interno. Além disso, o requerimento precisa ser aprovado por maioria absoluta de votos.
Por enquanto, a maioria dos vereadores não indici-ados no inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) prefere não manifestar ser a favor ou contra a criação da CPI. Eles argumentam que estão analisando o inquérito e que a decisão deve ser divulgada até a próxima sexta-feira, dia 15.
Alguns deles justificaram que as atitudes devem ser bem pensada, pois até mesmo o juiz afirmou que não existiam elementos que indicassem a urgência do afastamento dos vereadores indiciados.
“Só depois de analisarmos todo o inquérito é que poderemos dar um posici-onamento. Até o juiz disse que não existem fatos concretos. Nem eles estão a-chando base legal. Por isso, no momento, não tenho pa-recer nem contra, nem a favor”, comentou o Jurê Bor-tolon (PMDB).
Outro que também lembrou a decisão do juiz foi o progressista Osmar Mano-el dos Santos, o Marzinho.
“O próprio juiz, que tem autoridade, disse que não há fundamento para o afastamento. Então, nós temos que analisar bem. Não podemos criar a CPI por pressão de um grupo”, defendeu Marzinho.
Para Joacir Domingos Pe-reira, o Boca (PP), as pessoas estão “atropelando” o andamento natural do processo. “Não há nada decidido ainda. Não tem a favor ou contra. Este é um assunto sério e as pessoas estão atropelando, falando em criação de CPI. Esta-mos fazendo várias reuniões para chegar em um denominador comum”, advertiu o progressista.
Dilnei Darcy Lima (PM-DB) afirmou, assim como os outros, que não tem posição definida.
“Estamos analisando. Lemos 50% do inquérito e nesta quarta-feira vamos nos reunir, os sete, na casa do vereador Jurê, para continuar”, disse.
Dos sete, apenas Diego Vittorassi (PDT) e Neuzi Berto Silveira (DEM) demonstraram a tendência do posicionamento, sendo um a favor e outro contra a CPI.
“Estou olhando o processo ainda. Mas, não adianta um sozinho decidir. Por mim, criaria a CPI”, declarou Vittorassi.
Já Silveira disse claramente ser contra. “Analisei o inquérito junto com os outros vereadores. Vamos sentar os sete e resolver o que fazer. Mas, eu sou contra a CPI. Quem começou com a investigação foi a Justiça, ela que resolva”, observou o democrata.
O vereador André Mazu-chello Jucoski, o Polakinho (PSDB), não atendeu às tentativas de contato telefônico feitas pela reportagem do Jornal Içarense.

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