Variedades: Freqüentar a sala de aula não tem idade

A dedicação e a busca pelo conhecimento fazem parte da rotina da ex-costureira, Karina Mendes, de 63 anos, moradora do bairro Jaqueline, Içara.
Depois de 51 anos sem entrar numa sala de aula, a dona de casa resolve dar continuidade aos estudos. Viúva perdeu o marido há 20 anos, ela revela que depois que os filhos casaram sentiu a necessidade de concluir os estudos.
Segundo ela, na infância os pais trabalhavam na roça e nunca deram a real importância aos estudos. "Para eles, quando a criança já sabia ler e escrever já estava pronta e não precisava mais continuar na sala de aula", recorda a ex-costureira.
Katarina também conta que sempre teve o apoio da família nos estudos. "Eles acham um máximo eu estar estudando", ressalta . Ele ainda conta que na família é conhecida como "enciclopédia" por gostar de ler e estar sempre informada sobre os acontecimentos atuais.
A aposentada, que pretende finalizar o ensino fundamental até o meio do ano que vem, já concluiu as matérias de Ciências e de Artes. Atualmente o objetivo é terminar os cursos de Geografia e Matemática.
A oportunidade de estudo é dada pelo Núcleo avançado de Ensino Supletivo (Naes), para pessoas com no mínimo 18 anos , que, como Dona Katarina, não teve oportunidade ou disponibilidade de concluir os estudos.