As pessoas da Terceira Idade já não possuem a vitalidade da juventude, mas podem oferecer conhecimentos que um jovem de 20 anos jamais imaginaria, já que estes foram adquiridos através de experiências de uma vida inteira.
Foi para tratar da qualidade de vida destas pessoas que estão hoje com idades mais avançadas que surgiu o 1° Seminário do Conselho Municipal do Idoso de Içara.
O evento foi realizado nesta quarta-feira, no Salão de Festa da Igreja Matriz, no Centro da cidade, e contou com segmentos que esclareceram e valorizaram as pessoas que há mais tempo vivem a história içarense.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a qualidade de vida na Terceira Idade pode ser definida como a manutenção da saúde em todos os aspectos da vida humana: físico, social, psíquico e espiritual.
Foi visando estes elementos que o Conselho do Idoso de Içara resolveu organizar o seminário. "Com o avanço da medicina, aumentou o tempo de vida da população, mas isso de nada adianta se não houver qualidade e felicidade", acredita Cacilda Dajori Possamai, presidente do Conselho do Idoso.
Foram tratados temas que os convidados achavam nem lhe dizerem respeito. A luta contra a Aids é um deles. Já que neste ano, as pessoas acima dos 50 anos foram tema da campanha do Ministério da Saúde para o Dia Mundial de Luta contra a doença, foram abordados assuntos ligados à sexualidade, como o uso do preservativo e dicas para melhorar a relação sexual depois dos 50. "Eles acham que não há importância no uso da camisinha, pois não podem mais ter filhos, o que é uma grande besteira, já que as doenças sexualmente transmissíveis continuam podendo ser adqüiridas", explica Cleidiane Romancine, gerente administrativa da Vigilância Epidemiologia.
Participaram do evento, como palestrantes, também a enfermeira Suzana Novelli, a psicóloga Cristiane Onghero, a nutricionista Rúbia de Souza e a fisioterapeuta Daniela Constâncio. Cada uma tratou da sua área de entendimento, focando os idosos.
As orientações duraram a tarde toda e foram finalizadas por um coquetel, servido pelo Conselho Municipal.
Uma das idosas, que adorou os o encontro foi Olíndia Silveira, de 76 anos, que gritava animadamente ao responder as perguntas da psicóloga para a turma. "Eu não sabia de nada disso, estou aprendendo muito aqui", afirma. Mesmo com quase 80 anos, Dona Olíndia se empolga mais em aprender do que muitos jovens por aí. Isso por que viver implica em manter-se num processo de aprendizagem eterno e ninguém melhor que os idosos para saber disso.
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