"Os funcionários terão direito à verba rescisória que será paga pela prefeitura municipal em dez vezes. Cada ex-trabalhador deve analisar a sua situação e ver se é mais viável assinar o termo de adesão ou entrar com processo individual", assim anunciou o representante da prefeitura municipal, o advogado Osmar Ransolin.
A reunião, que ocorreu na manhã de ontem, nas dependências da Cooperaliança, serviu para os ex-funcionários da Associarão Feminina de Assistência Social de Içara (Afasi) tomarem conhecimento do acordo com a Administração Municipal. Eles também deixaram as carteiras de trabalho que, para serem assinadas pelo ex-funcionário da Afasi José Rodolfo De Luca (o Dedé), que também informou ao grupo que quarta, quinta e sexta feira, da próxima semana, os ex-funcionários poderão ir ao antigo prédio da Afasi para apanharem as carteiras. "Nesses dias, possivelmente o fundo de garantia também estará disponível", antecipou Dedé.
O outro assunto discutido, que foi a exposição do acordo com a prefeitura, gerou tumultos e divergências no auditório. O ex-vice-prefeito Naelti Viana, que participou da Assembléia, questionou o projeto exigindo a opinião do promotor. Para ele, os funcionários correriam o risco de, mais uma vez, "ficar a ver navios", já que não existiam garantias de que o prefeito pagaria pelas parcelas. O tumulto somente teve fim quando o advogado da comissão, Gabriel de Souza, levantou-se com o seguinte argumento: "Eu espero que vocês tenham confiança em mim. O projeto está bem escrito, a prefeitura esta empenhada em ajudar", garantiu Souza. "Temos que esquecer as questões políticas e pensar nos direitos de vocês", finalizou sendo aplaudido pelos presentes.
Contudo, uma ex-funcionária presente, surpreendeu o grupo quando disparou seu manifesto. "É... depois que a casa já está quase toda arrumada, a oposição, que fez toda a ‘cagada’, vem aqui querer dar palpite".
Viana, por sua vez, se defendeu acentuando que sua luta pela questão Afasi se dá há quatro anos. "Eu tirei a minha mulher de lá, porque já sabia que aquela forma de contratação não era correta. Muitas vezes atrasei o pagamento dos funcionários para deixar as contas da entidade em dia", lembrou.
Os vereadores Darlan Carpes (PP), Osmar Manoel dos Santos (PP), André Jucoski (PSDB), Joaci Domingos Pereira (PP) e Itamar da Silva (PP), também estiveram presentes no encontro. "Foi uma negociação desgastante, mas fomos até o fim. Sugiro a todos vocês que assinem o Termo de Adesão. Acho que é muito melhor receber em dez vezes à ter que esperar quatro a cinco anos", sugeriu Darlam Carpes.
O projeto foi aprovado na sessão extraordinária da Câmara nesta sexta-feira, sem parecer das comissões do Legislativo. Quanto às assinaturas do termo de adesão, quando o documento estiver pronto a prefeitura estará fazendo a divulgação através dos meios de comunicação.
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