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terça-feira, 28 de abril de 2009

POLÍCIA - Ação da Polícia Civil causa revolta de família de lavradores em Içara

Após acidente envolvendo um escrivão da Polícia Civil e um rapaz de 18 anos, família do jovem diz ter sido agredida por outros policiais. Delegado diz que é normal usar a força quando não há cooperação.

O pai, a mãe, a irmã e a esposa do jovem Daniel da Maia Gonçalves, de 18 anos, foram abordados pela Polícia Civil (PC), por volta das 18h45min de sexta-feira, em casa, no Bairro Jardim Elizabete, sendo levados em seguida à Delegacia. Segundo os familiares, eles sofreram agressões e humilhações por parte de doispoliciais.

A confusão começou quando o rapaz dirigia o Monza da família na Rodovia SC-444 e colidiu com a moto do escrivão da PC, Otávio Ramos, que teve a mão e a perna machucadas e foi encaminhado ao Hospital São Donato.

Entretanto, por não possuir carteira de habilitação e ter os documentos do carro em atraso, o rapaz fugiu do local, sendo seguido por testemunhas até em casa. Elas ligaram para o delegado da PC, que ordenou aos policiais írem até a casa do suspeito.

Com medo, ele fugiu de casa para um matagal. Segundo a mãe do rapaz, dois policiais chegaram nervosos e, sem informar direito o que estava acontecendo, já usaram de violência com o pai e o irmão do rapaz, que nada tinham a ver com o caso, chamando os de “porcos” e “pobretões”. À força os levaram para a Delegacia.

As mulheres (a irmã e a esposa grávidas) ficaram em casa sob a vigilância de dois policiais que as humilhavam, apontando uma arma direto na cabeça da mãe. “Meu neto, de 1 ano e 8 meses, chorava e o policial apontou a arma para ele e gritava ‘manda essa coisa pra lá, tira ele daqui’, empurrando ele com os pés, além de empurrar a minha nora, grávida de 4 meses, na cama”, contou a mãe de Daniel, que continuou: “Minha neta de sete anos presenciou tudo e chegou a fazer um desenho de nós sendo ameçados com armas pela polícia”.

O delegado da PC, Rafael Marin Iasco, disse que a abordagem policial tem que ser firme e, se precisar usar de força física ou pressão psicológica (ameaças), não haverá hesitação.

Iasco alegou que não acredita que a versão tenha sido como a família conta, mas que, se quiserem, podem registrar ocorrência, abrir inquérito, solicitar a perícia para o local, etc. “Ainda há muita coisa a ser esclarecida. Se houve excesso de violência, abuso de ação ofensiva, os policiais irão responder segundo a Lei”, afirmou.

Os policiais, segundo o delegado, são Cristiano Moraes e Leandro Klug.

Um processo junto ao Ministério Público foi instaurado com a ajuda da Promotria de Justiça de Içara, além do registro de ocorrência, junto a Delegacia de Polícia Civil.

Fotos dos ferimentos do escrivão da Polícia Civil:


Ilustração: Reprodução
Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)

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