No setor de Distribuição do Fórum de Içara, o inquérito que acusa dez integrantes do Movimento Içarense Pela Vida de terem depredado a empresa Rio Deserto será encaminhado ao Cartório.
Após o Ministério Público da Comarca de Içara decidir indiciar dez pessoas (oito agricultores, um pedreiro e um aposentado) por envolvimento no incêndio registrado em maio de 2008 na estrutura da Mina-101, na localidade de Santa Cruz, de propriedade das Empresas Rio Deserto, o inquérito está há dias no setor de distribuição do Fórum de Içara, esperando ser encaminhado ao Cartório, para que o processo do Ministério Público tenha continuidade.
O promotor responsável pela elaboração da acusação, Mauro Canto da Silva, não está mais em exercício na região, segundo a Promotoria do Fórum. O substituto temporário ainda não está a par do inquérito em questão.
O advogado de defesa dos dez acusados, Idelfonso Leal de Souza, afirma que não há provas contra os seus clientes, e também não sabe no que a acusação se baseia, pois ainda não teve acesso ao processo judicial.
A Assessoria de Imprensa da Rio Deserto explicou que a empresa não vai se manifestar sobre esse inquérito, deixando aos cuidados inteiramente da Justiça. Entretanto, há outro processo da empresa, o de indenização pelos danos ao caminhão incendiado e ao patrimônio depredado, cuja despesa a mineradora teve que arcar.
Segundo o parecer do Ministério Público, todos os envolvidos são integrantes do Movimento Içara Pela Vida (MIV), que luta contra a implantação da Mina-101. Em caso de condenação eles podem receber pena de até 15 anos de prisão.
Foto: Arquivo (Jornal Içarense)
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