Na última quarta e quinta-feira desta semana, o juiz eleitoral ouviu as testemunhas de defesa e acusação de Gentil Da Luz e José Zanolli. O ex-prefeito Heitor também responde processo.
Quinta-feira, dia 2, o contabilista da coligação “Por Uma Içara Mais Humana” do PMDB, Gilmar Custódio, prestou depoimento ao Juiz da Comarca de Içara, Marco Augusto Ghisi Machado. Na audiência estiveram presentes os advogados de defesa e acusação do prefeito.
A sessão foi dentro das investigações eleitorais. Custódio foi quem comandou todas as despesas e saldos do PMDB na época da campanha. Segundo a acusação do advogado do PP, Gabriel Schonfelder de Souza, a emissão dos recibos eleitorais foi irregular.
Por outro lado, a advogada do prefeito Gentil da Luz, Katerine Schrainer, alegou ao juiz que não existem irregularidades já que a movimentação das contas foi feita através do comitê financeiro. Os depoimentos foram arquivados e o juiz determinou que os casos fossem julgados após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral.
Vereador do PMDB entrega à oposição provas contra o prefeito:
Na audiência de ontem, Souza disse ao juiz que tinha nova prova contra Gentil da Luz. Ele tirou de uma pasta um CD revelando aos presentes que ali havia uma gravação provando as irregularidades do atual prefeito de Içara na prestação de contas.
O advogado da oposição alegou que quem apresentou esta prova foi um vereador do PMDB, mas não o identificou. O juiz analisará a prova e a próxima audiência foi marcada para dia 19 quando, provavelmente, Gentil da Luz e José Zanolli prestarão depoimento.
Para a advogada do PMDB todas as audiências ocorridas até aqui foram positivas e o risco de cassação do prefeito é nulo. “Tudo está ocorrendo como prevemos. Todas as provas de defesa que apresentamos foram aceitas e não há no que temer”, garantiu.
Em contrapartida a defesa do PP está confiante que os eleitos serão cassados. “Com a nova prova a chance de vitória é ainda maior”, afirmou Souza.
Durante a audiência a defesa do Partido Progressista apresentou documentação que foi contestado pela defesa de Gentil já que, segundo ela, não era de conhecimento da equipe jurídica do PMDB. “Se trata de algum panfleto ou bandeirola que nós não tínhamos conhecimento”, explicou Katerine. O juiz entregou à advogada o documento para que fosse julgado depois da análise.
Nei Silva Depõe contra Gentil da Luz:
Na quarta feira, dia 1º, a audiência foi em relação a abuso dos poderes econômico e político e uso indevido de mídia. Também no Fórum da Comarcade Içara, o juiz eleitoral Marco Augusto Ghisi, ouviu os depoimentos de defesa e de acusação de Gentil.
A testemunha que chamou atenção foi o empresário Nei Silva, cujo depoimento foi o mesmo registrado no site do jornal A Tribuna. “Fui convocado pelo advogado da ação e expliquei ao juiz o envolvimento do Gentil. Quando era secretário, o Gentil nos contratou para fazermos uma publicação falando das ações do governo no Sul, tudo projetando o Eduardo (Moreira) e ele próprio Da Luz que era pré-candidato à Prefeitura de Içara. O Gentil atuou como procurador do Eduardo. A publicação era da SDR por meio da editora. Foi isso que contei à Justiça”, contou Silva.
O depoimento revelou a participação de Gentil, na época que era secretário de Desenvolvimento Regional, na contratação da revista Metrópole, que foi envolvida em escândalo por processo movido pelo Governo do Estado.
Heitor responde por compra de voto:
Na mesma audiência ocorrida no dia 1º de abril, uma testemunha de acusação do ex-prefeito, Heitor Valvassori (PP) prestou depoimento ao juiz Marco Augusto Ghisi.
A testemunha foi Valdenir Guslinski que alegou que o ex-prefeito teria oferecido a quantia de R$ 800 para que fosse distribuído na comunidade para que as pessoas votassem no pepebista.
A testemunha alegou que não aceitou o dinheiro.
Fotos: Alex Cichella (Jornal Içarense)
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