Nuances de Vidas em Crônicas (42)
Na sequência seu Chico cita o descobridor do Brasil: Pedro Álvares Cabral/ foi do Atlântico pioneiro/ o primeiro a pisar/ em nosso solo brasileiro. Depois seu Chico coloca os seus antecessores familiares ao falar da etnia açoriana: aos bravos açorianos/ com foice, machado e facão/ enfrentando as intempéries/ desbravaram o sertão. Os sonhos de liberdade foi versado assim: Joaquim José da Silva Xavier/ o vulto maior do Brasil/ morto entre os carrascos/ por amor ao nosso Brasil. Ou a liberdade aos agrilhoados pela escravidão: a princesa Isabel/ rainha da abolição/ assinou a Lei Áurea/ terminando a escravidão. Outra mulher heroína estava a alguns quilômetros de nossa terra: À Anita Garibaldi/ o nosso agradecimento profundo/ orgulho do nosso Estado/ a heroína de três mundos. Mas o seu olhar para o Pai dos Pobres está bem representado na voz do povo e nos ver-sos do Poeta: o Doutor Getúlio Vargas/ presidente trabalhista/ foi o ídolo do povo/ também o maior estadista.Em 94 o poeta deixou a memória de seu espírito investigador no seguinte verso: 3 de novembro de 94/ que o fenômeno aconteceu/10 horas e 44 minutos/ nossa cidade escureceu.
Assim era o Chico Poeta, sempre registrando em versos, os fatos que se fazem memória. Na segunda edição, “O Bagageiro” registra o seu sofrer resignado argumentando que o amor é bom e doce. Fala com amor aos jovens e as crianças enaltecendo o valor da educação, do amor, do respeito aos pais, mestres e aos que nos ensinam pela memória de vida.
Amoroso e crente da fé cristã, Seu Chico clama nos versos o perdão pelas vezes que não foi fiel e não soube entender as singelezas da pessoa que esteve ao seu lado. Mas alegre e confiante ele tem sempre a esperança de que o amor tudo perdoa e tudo regenera, afirmando que a doçura não se mis-tura com o margor.
É Chico Poeta, fostes chamado para levar o teu bagageiro a outra imensidão cósmica. Certamente estarás mais perto das estrelas, mais junto do mar que amavas e das pessoas que te admiravam em tua simplicidade poética. Nós teus fãs, Jornal Içarense e Academia Içarense de Letras e de artes, com carinho e respeitosamente nos despedimos de ti. Vai Chico, vai levar teus versos até Deus!
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