GERAL - MP pede suspensão dos trabalhos da Coposul

Indústria não teria licença ambiental para exercício das atividades, já funcionária diz que empresa não parou de trabalhar e Fundai afirma que a licença já está em andamento.

O Ministério Público de Içara pediu a suspensão dos trabalhos realizados pela Indústria de Copos Plástico Coposul, por não possuir licença ambiental.
A ação civil pública foi proposta pelo Promotor de Justiça da 1ª Promotoria de Içara, Márcio Rio Branco Nabuco de Gouvêa, que pediu liminar determinando interrupção dos trabalhos até que seja obtida Licença Ambiental de Operação. Foi requerido também o pagamento indenizatório de R$ 500 mil, por dano moral coletivo.
A secretária da Coposul, Gabrieli Ramos, afirmou que “tudo está certo” com a documentação da empresa, e que possuiam licença ambiental, mas não soube informar se não foi feita a renovação ou se houve alguma irregularidade. Segundo ela, os 340 trabalhadores não pararam as funções por nenhum dia.
A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Içara informou que a Coposul já está em processo de licenciamento. Segundo a engenheira ambiental da instituição, Luciane Crepaldi, os maiores problemas apresentados pela empresa são a produção de resíduos e ruídos que afetam a comunidade vizinha.
A engenheira disse que os resíduos estão sendo eliminados corretamente, é feita a coleta do lixo produzido que é destinado a um aterro. A renovação das licenças é relativa ao cronograma de cada empresa, mas varia de um a quatro anos. De acordo com Luciane, o ideal caberia a Fundai verificar a regulamentação das empresas, mas devido ao reduzido quadro de funcionários isso só acontece quando há denúncias de irregularidades ou quando Ministério Público solicita.
Para continuar com os trabalhos, a Coposul terá um prazo estabelecido pela Fundai para se adequar às normas ambientais. A engenheira acredita que o prazo poderá chegar a dois anos.
Até o fechamento da edição não foi possível fazer contato com o diretor da empresa de plásticos.