O criciumense Samuel de Bona, músico que há dois anos está residindo na Europa, onde foi em busca de novos conhecimentos sobre a profissão, estará retornando a terra natal ainda em 2010, para retomar as atividades musicais.Ele exerceu os cargos de professor de música na Fundação Cultural de Criciúma entre 2001 e 2003 e desenvolveu vários projetos no Asilo São Vicente de Paula, no bairro Michel.
Depois de viver em Portugal, onde divulgou a música brasileira, atualmente mora no Norte da Espanha. ”Imigrar é sempre muito difícil. Tive que encarar a construção civil por um tempo e entregar material publicitário. Algumas pessoas acham que porque estamos na Europa estamos ricos, mas não é o que acontece”, desabafa.
O profissional lembra dos momentos difíceis que passou. “Cheguei em Paris em fevereiro de 2008. À tar-de já estava em Madri. Dias depois meu pai faleceu em Florianópolis, mas só fui saber 15 dias depois, quan-do já estava na cidade do Porto, em Portugal. Passei dificuldades, fiquei com 1 euro na carteira, dormi no aeroporto”, completa.
De forma ilegal no país, o músico chegou a ser detido. “Um dia estava tocando no Copacabana Café, em Lisboa, quando chegou o Serviço de Imigração e Fronteira, e fui preso por uma noite. Ganhei uma carta de expulsão do país. Fui então para a Ilha dos Açores tocar, mas também fui pego pela Imigração. Dessa vez, a inspetora chefe me deu uma chance e fui liberado”.
Em Lisboa conseguiu um contrato e foi legalizado. Na Espanha realizou o antigo sonho de tocar violão flamenco. MPB, rock nacional e internacional e flamenco fazem parte do repertório do músico de Santa Catarina.
Como forma de homenagem ao seu país de origem, o Brasil, ele inclui diversas canções em seu repertório, como as de Roberto Carlos, entre outros cantores.
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