A proporção do número de assassinatos praticados com arma de fogo cresceu 13,7% em Santa Catarina (SC) entre 1999 e 2008. Era de 49,6%. Passou para 63,3%. Apesar disso, o estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado mostra que o Estado é o segundo menos violento do Brasil, atrás do Piauí. Entre as capitais, Florianópolis está em 10º lugar na quantidade de homicídios cometidos com armas de fogo. A primeira colocada é Salvador, segundo o estudo Homicídios por Armas de Fogo no Brasil. Embora apareça como o segundo menos violento, o documento diz que Santa Catarina está em um "caminho perigoso".
Em SC é possível constatar que há uma evolução constante no acesso às armas, que não é interrompida com a promulgação do Estatuto do Desarmamento, no final de 2003.
O secretário de Estado da Segurança Pública, André Luiz da Silveira, disse não conhecer o estudo e prefere não debater os dados antes de analisá-los. Mas afirmou que o crescimento dos assassinatos está relacionado ao tráfico de drogas.
O Estatuto do Desarmamento acabou interferindo na vida de quem cumpre a lei. No caso das quadrilhas do tráfico, essa lei foi inócua. Nós precisamos descapitalizar o tráfico em nível nacional. E Santa Catarina ainda está em um nível bem baixo perto do país.
O delegado da Polícia Civil de Içara, Rafael Iasco Marin, informa que o problema com armas dentro do crime é muito grande. “É muito mais facil um marginal conseguir uma arma, que uma pessoa de bem. Há menos de um mês prendemos um armeiro, que abastecia os traficantes da região. É lamentável dizer isso mas eles tem mais recursos que a própria políci. Estamos muito focado no tráfico pois sabemos que uma coisa está ligada a outra”, finalizou.
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