VARIEDADES - Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara completa 40 anos

Devido à necessidade de melhorar as condições de vida dos trabalhadores do campo, foi fundado, em 1970, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, que completa neste mês 40 anos.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Içara foi fundado em 26 de setembro de 1970, em assembleia realizada no Salão Paroquial São Donato, Centro da cidade, com a presença de 55 trabalhadores do campo.
Na assembleia foi aprovada a fundação da entidade; o Estatuto Social, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, contendo 48 artigos, “para fins de coordenação, proteção e represen-tação legal de sua categoria profissional”, conforme diz o artigo 1º.
De acordo com o presidente, Hercílio Jair Antônio Destefani, a instituição foi criada para defender os interesses dos agricultores. Porém, em junho de 1974, o sindicato passou a focar-se no atendimento da área de saúde. Foi, então, que começaram a contratar médicos e dentista.
Pequenas cirurgias eram feitas na própria sede do sindicato, usando equipamentos fornecidos pelo Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). “Quando assumi a presidência, há 14 anos, começamos a mudar o foco dos serviços prestados pelo sindicato, pois os agricultores de Içara já contavam com o Sistema Único de Saúde (SUS), e não havia mais necessidade de manter médicos e dentistas na sede. Hoje, temos apenas convênio com clínicas”, explica Destefani.
Os serviços oferecidos pelo sindicato hoje são: encaminhamento de processos para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); emissão da declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRO-NAF (DAP), para que os agricultores içarenses tenham acesso a crédito; declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); serviços de despachante; acompanhamento jurídico; convênios com clínicas especializadas, que proporcionam descontos para os associados; participação em negociações de preços de produtos e participação em conselhos municipais e estaduais da classe.
“Antes do sindicato, o agricultor era obrigado, muitas vezes, a se desfazer de bens para poder pagar o atendimento médico. Além disso, não havia benefícios da Previdência Social, como a aposentadoria”, conclui.