Produtoras disputam direito de filmar tragédias dos mineiros
Os olhos do mundo acompanharam passo a passo esta semana o último episódio da épica façanha de sobrevivência e resgate de 33 homens presos na pequena mina San José, em Copiapó, no Chile.
A transmissão televisiva ao vivo do resgate, que se estendeu por cerca de 24 horas, teve uma das maiores audiências mundiais da história, segundo estimativas de executivos de televisão. Agora, porém, produtores e diretores do mundo inteiro já estão brigando para dar um tom mais cinematográfico à epopeia.
A produtora espanhola Antena 3 Films, filiada à Antena3, informou que há dez dias vem filmando no Chile “Los 33 de San José”, filme para a televisão baseado na história dos mineiros, cujo resgate terminou na quarta-feira. Enquanto isso, o chileno Rodrigo Ortúzar foi um dos primeiros a lançar a ideia de um filme cujo título seria “Los 33”. Para isso, colocou duas câmeras que registraram imagens dos 33 homens na mina de ouro e cobre na região desértica do Atacama.
Duas grandes redes de televisão internacionais, HBO e Discovery Networks, estão preparando documentários sobre os detalhes humanos e técnicos do ambicioso plano de resgate. Ao mesmo tempo, as editoras estão interessadas nos textos que o operário Victor Segovia escreveu durante os dias em que esteve encerrado a cerca de 700 metros de profundidade, e que também podem terminar por transformar-se em roteiro. De acordo com meios de comunicação locais, as ofertas feitas pelos cadernos de anotações de Segovia chegariam a US$ 50 mil (R$ 82 milhões).
Surpreendentemente, o valioso testemunho de Segovia quase foi esquecido nas profundezas da mina.“Com o nervosismo, uma bolsinha que continha os textos foi esquecida”, contou o irmão Vicente. “Mas um companheiro dele trouxe o caderno lá debaixo”, comentou Vicente.
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