De olhovivo nos 50 Anos

Ferroviários começam a contar a história de Içara

“Quando ouço o apito do trem ainda me e-mociono e sinto saudade de tudo que vivi, dos amigos e das boas conversas”, assim um dos ferroviários, que fazem parte da história de Içara, Joaquim Trajano dos Anjos, 70 anos, relatou uma pequena porção do que viveu nos trilhos, em direção ao desenvolvimento de nosso município.
A conversa da qual também fizeram parte os ferroviários Valvito Fermínio Duarte, 81 a-nos, e Adelúcio Leopodo, 74 anos, está entre a série de entrevistas feitas pela escritora Maria de Fátima Silveira Pavei e pela historiadora Elisângela para a publicação do livro comemorativo aos 50 anos de Içara, que acontece em 2010, intitulado “Além dos Trilhos do Trem – 50 Anos de Emancipação Política de Içara”. O próximo encontro está agendado para o final do mês.
Entre confissões, causos contados, risadas e até lágrimas os três trabalhadores da ferrovia tem certeza de que o suor e o cansaço valeram a pena, “pois nos dá muita satisfação ver nossa cidade crescendo e saber que fizemos parte disso”, relatou Leopoldo.
Já o senhor Valvito comemorou a iniciativa do livro que vai contar a história de Içara para as próximas gerações. “Muitos jovens nem sabe que ainda existe ferrovia; e já fico imaginando meus netos e até bisnetos comentando: olha, este livro conta também a história do meu avô! Eles vão entender que fizemos parte do desenvolvimento da cidade”, declarou feliz.
Para a escritora, não há palavras que possam expressar a grandiosidade da obra. “Resgatar a história do município é um trabalho melindroso, pois trabalhar com dados reais é estabelecer um comparativo do ontem com o hoje, e oferecer com clareza um conhecimento útil às gerações futuras. Mas o melhor de tudo e este contato com as pessoas que fizeram a história de Içara”, enfatizou.
A gestora de Educação, Giovana dos Santos, de Içara salienta que o objetivo do material, além de comemorar o cinqüentenário da cidade é apresentar, após pesquisa, as transformações ocorridas em Içara entre os anos de 19-61 a 2011, e que a produção leve a todos os içarenses um pouquinho da história de cada um que contribuiu e ainda colabora para o desenvolvimento da cidade.