O verde que beira os trilhos da Ferrovia Tereza Cristina, em Içara, está aos poucos desaparecendo. No lugar dele, amontoados de lixo se acumulam, tornando o lugar desagradável e exalando mau cheiro.
No entanto, a travessa da Rua Vitória com a Avenida Procópio Lima não é a única que apresenta montes de lixos no chão. Na Praça de Igreja Matriz, é comum ver pessoas abandonando no chão as embalagens dos produtos que consumem. "Um papelzinho de bala não vai fazer diferença", rebate a dona de casa do bairro Vila Nova, Zenaide de Souza, após atirar o lixo na praça.
Contudo, estudos comprovam que o argumento de Zenaide não é dos mais válidos. "Você joga um, e outros milhões jogam também. Este amontoado entope bueiros que promovem as enchentes que vemos. Além do impacto das enchentes, existe a proliferação de doenças que estas águas carregam, e outros fatos mais trágicos", explica o educador Rafael Junqueira.
Além de incômodos e desagradáveis, o lixo jogado nas ruas da cidade exala mau cheiro, além de atrair moscas, baratas e ratos, que podem se tornar fontes e vetores de numerosas doenças transmissíveis ao homem, como a disenteria e amebíase.
Para Junqueira, cada indivíduo da comunidade deve contribuir para a solução do problema.
O aposentado José Borges, morador do Balneário Rincão, já está fazendo sua parte. Logo no início da manhã de ontem, após comer um pacote de biscoitos na Praça de Juventude Fernando Pacheco, levantou-se do banco onde estava sentado e procurou a lixeira mais próxima para depositar a embalagem. Ao ser questionado sobre o ato, afirmou praticá-lo diariamente. "E quando não há lixeiras, guardo no bolso. Não tem problema de esperar um pouquinho até achar o lixo", relata.
Em Içara, os garis que trabalham nas ruas são contratados pela Retrans Reciclagem e Transporte Ltda, que é terceirizada pela prefeitura. Apesar de trabalharem diariamente, os três responsáveis pela parte central do município não conseguem atingir todos os lugares, contando com a população para manter a cidade limpa e protegida.
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