Lembrar dos anos em que o Brasil vivia num regime autoritário, sem liberdade de expressão é lembrar de coisas ruins. Tirando a compra de usinas atômicas (sucateadas) da Alemanha não lembro de nada bom. Foram anos de retrocesso, em todos os setores. Na educação foi de amargar. Assinaram convênios de cooperação com países que nem sabiam a geografia do Brasil.
Foi à época da educação tecnicista, trocando por miúdos era a época da copia. A educação pública no Brasil já foi motivo de orgulho, a sua derrocada se deu na ditadura, até hoje esta capenga.
A campanha para mascarar os problemas deste país era de arrepiar: Frases fortes se gritavam a todo fôlego: Ame ou deixe-o, 150 milhões em ação, pra frente Brasil!! E o povo ia no embalo. Para se manter no poder valia tudo, perseguir, matar até delatar os amigos.
A ditadura não era unanimidade. Pessoas instruídas ou pessoas com pouca instrução, discordavam das crueldades praticadas pelos militares.
Com ajuda de algumas cabeças iluminadas, o povo se mexeu, e exigiu “Diretas Já”. Tudo recheado com passeatas, lutas, perseguições, explosões de bombas e mortes.
Contra gosto de alguns e alegria de muitos, se instalou a democracia. Tudo muito bom, tudo muito bem.
Estava na hora de votar para presidente. Ai elegemos o Fernando Collor. Para que esperar tanto?
Poderíamos ter deixado João Figueiredo, que costumava dizer “o cheiro do meu cavalo é melhor do que o cheiro do povo”. Na ditadura um presidente podia dizer esta barbaridade e não era linchado, aliás quase foi em Florianópolis. A estudantada não perdoou, foi tabefe e vaia para todo lado.
Presidente, deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores, todo este aparato para garantir a democracia e assim tem que ser.
Mas, sempre tem um, mas. Para manter esta gigantesca máquina democrática, foram se criando órgãos para fiscalizar a democracia, e o bom uso do dinheiro público. A gastança se regulamentou.
O dinheiro público pode e deve ser gasto, não precisa render juros ou estar em aplicações. Ele deve ser gasto sim, para o bem do cidadão, com prioridade atender os mais necessitados. O que vimos diariamente? Se eu for listar, faltaria JORNAL. Está na hora de exigirmos “Vergonha Já”.
Tenho a impressão que em Brasília tem um forno queimando dinheiro. Já descobri o forno principal é no Senado. Mas tem fornos espalhados por todo o Brasil.
Cabe a nós, pobres mortais, trabalhar para pagar os impostos e manter os fornos em funcionamento, ou melhor, a democracia em funcionamento.
Dóris Iolanda Dagostim dos Santos, professora
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