O mutirão durante a semana teve como objetivo preconizar o julgamento, até o fim do ano, de todos os processos distribuídos nas justiças estadual, federal e trabalhista até 31 de dezembro de 2005.
Em Içara, foram realizadas, em torno de, 120 audiências de conciliação no Fórum, em três salas permanentes apenas para esses casos, sob assistência de diversos conciliadores (técnicos judiciários auxiliares).
A técnica Ana Carolina Fernandes Pacheco, informa que a maioria das audiências não tiveram o resultado esperado, o acordo entre as partes. "Não tivemos muitos acordos porque são processos antigos e as pessoas não querem abrir mão, pois pensam que vão sair lesadas", comenta Ana Carolina, ressaltando que, apesar de não ocorrer o acordo no ato da audiência, geralmente os advogados das partes se acertam depois, o que também resolve o problema. "Alguns processos são pausados em 15 dias para que as partes meditem sobre as propostas de acordo, quase sempre aceitando-as", finaliza a conciliadora.
O corretor de imóveis, Itamar Bernardo, 57 anos, foi um dos chamados para uma audiência de conciliação para entrar em acordo com a avalista de um cliente que não pagou pelo imóvel. "A audiência foi satisfatória, pois, embora não resolvemos o problema ainda, já fomos encaminhados aos próximos procedimentos. Um acordo será realizado, com certeza", comenta Bernardo.
Neste caso, a conciliadora, Roselaine Astrissi, precisou orientar calmamente as partes sobre as responsabilidade na hora de se fechar um negócio com o avalista e apresentou as referentes implicações judiciais.
Em outro caso, a mesma conciliadora precisou agir de forma mais severa, pois as partes, em um caso de despejo por falta de pagamento de aluguel, estavam se atacando verbalmente e não pareciam cooperar para o bom andamento da audiência. Ela então aconselhou aos presentes que procurassem seus advogados para dar continuidade no processo.
"Nas audiências comuns de conciliação, apenas 2% não acabam em acordo. Quem comparece já pensa em conciliar-se com a outra parte e nós que aconselhamos não coagimos ninguém a aceitar propostas, deixamos à livre escolha do indivíduo. Mas buscamos diversas maneiras de que um acordo seja fechado, incluindo apresentando novas ideias, equilibrando os interesses dos envolvidos", conta ela.
Foto: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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