Variedades? Oficina de tear da Casa da Família busca autonomia das estudantes

A maioria delas chega na primeira aula sem ter noção de como é manusear um tear. Aos poucos vão aprendendo a tecer e com simples movimentos fazem maravilhas. São tapetes, cachecóis, trilhos de mesa, etc. Tudo isso com restos de tecido que iriam fora, se não fosse a criatividade desses mulheres. A produção é vendida a preço de custo, para a compra de mais material.
Ana Dagostim é a professora das meninas desde o início do curso, em 2006. "É um trabalho gratificante pois nota-se que a coisa realmente vai para frente. Muitas mulheres saem daqui para montar seu próprio negócio", comemora.
Se tudo der certo, até o final do ano, Sirlene Medeiros, do bairro Presidente Vargas, será uma delas. "Faço o curso há um ano. Eu e minha irmã pretendemos fazer para vender e viver disso ainda esse ano", comenta.
E é esse o objetivo do curso, conforme a assistente social Edna Mendes. "Sempre desenvolvemos um trabalho direcionado a autonomia. Queremos descentralizar, colocar teares nas comunidades", explica.
As oficinas são realizadas nas segundas, terças, quartas e sextas-feiras. São gratuitas para quem recebe o bolsa família e para as demais, é cobrado apenas R$10 na matrícula.