Não se pode tecer comentários sobre a escrita sem antes se falar em leitura, porque ambas fazem parte de um processo indissociável.
A produção escrita de um texto é moldada pela nossa leitura. Livros moldam livros, reportagens moldam reportagens, ensaios moldam ensaios, peças teatrais moldam peças teatrais e poemas moldam poemas. Em suma, quem não lê, não sabe escrever. E quanto maior for a leitura, maior será o potencial de escrita.
Essa reflexão leva as pessoas a um exercício de idas e vindas com elas mesmos e com terceiros, como revisor, editor e leitor. O problema crucial da revisão não tem sido explorada pelos teórico, porque não existe uma sintonia entre leitura e escrita. Devemos ler, na medida do possível, textos modulares dos mais variados estilos, que a forma e o conteúdo venham a estimular, emocionar e questionar o leitor.
É claro que na era da informática, do orkut, do mensager (msn), google e outras ferramentas existentesna Internet as pessoas estão se resumindo em meros leitores virtuais, buscando textos sem conteúdos que não ajudam no crescimento. Até o vocabulário é expremido, como por exemplo você (vc), também (tbm), saudades (sds), beijos (bjs), entre outros sinais que limitam o raciocínio do leitor.
O conteúdo de uma boa conversa depende muita da leitura. O bom papo depende de informações. Portanto, quem não lê, não tem basamento dos fatos e apenas se transforma em um lerolero, pessoa que fala, fala, fala e não diz nada com nada. Os pais devem começar a acompanhar os filhos adolescentes que amanhecem na Internet, buscando informações que não vão somar nos conhecimentos e apenas ajudar a poluir a mente confusa deles, não dando espaço para a boa leitura.
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