Responsáveis pelos serviços de emergência de Içara reclamam dos trotes realizados aos órgãos públicos, na maioria por menores, que prejudicam o andamento dos trabalhos de emergência.
Os trotes para órgãos públicos, principalmente as ligadas a segurança, como Corpo de Bombeiros, Polícias Militares e Civis ainda são os que mais sofrem com esse transtorno.
O estado do Rio de Janeiro, aprovou nesta última semana, uma lei que pune os trotes aos serviços de emergências. De acordo com a nova lei, publicada segunda-feira no Diário Oficial, o responsável pelo acionamento indevido dos serviços telefônicos de atendimento a emergências deverá ressarcir aos cofres públicos as eventuais des-pesas relacionadas ao atendimento. O pagamento será feito mediante cobran-ça na fatura de serviços telefônicos da linha utilizada para a chamada
As guarnições do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Civil são a favor desse tipo de lei que seria grande importância em todo o país.
A Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) de Içara, através do Soldado Isaias, informou que casos como esse são normais. “É difícil passar um dia sem alguma ligação falsa e por ser a maioria delas de telefones públicos, o caso muitas vezes é ignorado. Caso alguma, viatura esteja perto da fonte da ligação até mandamos alguém para checar a ocorrência, mas na maior parte das vezes, a pessoa já não se encontra mais no local”, completou o soldado.
Os casos de trotes são semelhantes com a guarnição dos bombeiros. O responsável pelo número de emergência da corporação (193), o Sargento Correia, afirma que os trotes são comuns, e mesmo com as tecnologias nos diasde hoje, muita gente ainda passa trote, e com isso, muitas vezes, atrapalha o serviço de uma o-corrência verdadeira”, ressalta. Ele acrescenta: “Os casos mais graves são investigados, mas a maioria dos trotes acaba sendo ignorando, já que não temos ‘poder`para autuar o infrator”, finaliza o bombeiro militar.
Já no Batalhão da Polícia Militar de Içara, o Major Fraga, responsável pelo setor de ocorrências de Içara e região, confirma que os trotes são feitos quase que diariamente, aplicados tanto por crianças quanto por adultos. “Todos os meses é feito um levantamento dos boletins, e somente no mês de junho foram atendidos 20 mil ocorrências, destas, 2 mil foram consideradas trotes, sendo que uma única pessoa realizou 56 chamadas, e 30 delas em um único dia”, explicou. Questionado, sobre o que é feito em casos como esse Fraga foi enfático: “Os principais casos são encaminhados ao Ministério Público, onde é feito um relatório para a identificação dos número e assim poder atuar o mesmo e os demais são arquivados”, complementa.
Fraga afirmou que não existe nem um registro de alguma pessoa que tenha sido autuado por trotes até o momento. A Polícia Militar está trabalhando, apoiado na Lei de N° 14953 de 12 de dezembro de 2009, chamada Lei do Trote, sendo esta a única forma de tentar coibir casos que se assemelham aos trotes telefônicos.
Na Delegacia de Polícia Civi de Içara não é diferente dos demais órgão de segurança do município e a Central de Ocorrências também sofre com os trotes, principalmente no período noturno. Os plantonistas afirmam que durante o dia os casos são mais raros, mas a noite os trotes são mas frequentes, geralmente em momentos de maior movimento na delegacia.
E o que mais chama atenção dos investigadores civis é que a maioria das pessoas ligam simulando algum tipo de ocorrência, para chamar a atenção. Uma parte dos casos são verificados, mas a maioria são ignorados devido à preocupação com os casos que tenham veracidade no município.
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