A serenidade que rodeia o local onde é localizado o Conselho Tutelar em Içara não condiz com o que é realizado atrás daquelas portas. Alí, o trabalho é duro e tranquilidade é a última coisa que as conselheiras sentem em relação ao serviço. "Nossas portas são abertas das 7h às 19h, porém temos um plantão que atende no resto do horário. É um serviço 24horas. É difícil, mas necessário", explica Hilga Manique, uma das cinco conselheiras que atuam no município.
Na próxima segunda-feira, o Conselho Tutelar de Içara completa 14 anos de fundação. Mesmo depois de todo esse tempo atuando em favor da saúde das famílias, o setor ainda é visto com maus olhos.
"Tem muitas pessoas que tratam a gente como um monstro, que vai levar a criança embora, quando na verdade só queremos ajudar", conta Rainíldes Fernandes, outra conselheira. "Eu estou muito triste com as famílias. A maioria não está fazendo o papel de pai e mãe, que, afinal, são os primeiros professores dos filhos", afirma Hilga.
Tendo uma escola infantil como vizinha, o contraste é incontestável. Só no mês de maio, 1.058 casos de denúncia foram atendidos. São eventualidades diversas: violência física e psíquica, conflitos familiares,abuso sexual, internação de dependentes químicos entre outros casos.
Mesmo com todo esse trabalho, elas acreditam que não são valorizadas na sociedade como deveriam. "Nem os nossos governantes respeitam o importante trabalho que fazemos aqui", relata Rita de Cássia, que também é conselheira.
No dia 13 de julho, o Estatuto da Criança e Adolescente completou 18 anos. A lei tem o objetivo de garantir os direitos do menor à educação, segurança e à cidadania. São por estes direitos que lutam incessantemente as conselheiras de Içara.
O blog JIdiario agora é portal JInews.com.br, com muito mais interatividade e conteúdo atualizado a todo momento. Acesse e confira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário