Tratamento deve ser muldisciplinar e qualquer dor é sinal de que o corpo tem problema.
Novidades nos tratamentos das dores crônicas e agudas foram o tema do encontro “Novas Perspectivas no Diagnóstico, Pesquisa e Tratamento da Dor”, que aconteceu no Rio de Janeiro esta semana.
O Ministério da Saúde estima que até 60% dos brasileiros sofram com algum tipo de dor crônica, sendo as mais comuns a dores de cabeça e a dor nas costas, e são poucas as que buscam tratamento correto para seu caso.
Para o neurocirurgião Alexandre Amaral, do Hospital dos Servidores do Estado e professor da Universidade de São Paulo, que mediou o encontro, quem trata a dor deve buscar uma equipe multidisciplinar, que inclui neurologista, psicólogo, fisioterapeuta e até mesmo um acupunturista.
As novidades mais promissoras do momento, segundo Amaral, são os marcapassos que atuam no sistema nervoso central e diminuem as sensações dolorosas. Porém, ele afirma que de nada adianta tratar o quadro sem fazer algumas mudanças no estilo de vida.
"Toda dor é sinal de alerta. Sem a dor no coração, a pessoa não saberia que está tendo um infarto. Só que, por hábito, muitas vezes preferimos tomar um analgésico a descobrir a causa daquela dor. Muitos remédios mascaram os sintomas e tornam uma dor aguda em crônica. Além disso, este tipo de medicamento pode esconder os sintomas de uma doença mais séria que pode levar à morte.
O diagnóstico e o tratamento correto aumentam as chances de cura, melhoram a qualidade de vida do paciente e diminuem o tempo de sofrimento de forma mais rápida e eficaz", avalia Amaral.
Alguns tipos de dor podem ser prevenidos com simples mudanças no dia-a-dia. Prestar atenção na postura ao longo do dia, principalmente em atividades repetitivas, é essencial. Outra medida preventiva eficaz é praticar exercícios físicos.
"O corpo foi feito para ficar em movimento. Quem sofre de dor crônica, por exemplo, deve passar por uma reabilitação, não ficar em repouso absoluto. Além disso, o exercício deixa o corpo mais resistente para enfrentar e se recuperar de períodos de dor", completa.
A dor, se não tratada, pode causar outros problemas de saúde, entre eles a depressão e os transtornos de ansiedade.
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