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quarta-feira, 20 de abril de 2011

CAPA: Edição2.090 - Içara, 19 de abril de 2020

Carpes cobra mais agilidade da comissão e Bortolon diz que está tudo dentro do previsto
(Arquivo/Jornal Içarense)


Choque em carga axcedente paralisa trânsito na SC-444
(Maso Nyetto/Jornal Içarense)


Feira é cancelada na Semana Santa por falta de peixes
(Arquivo/Jornal Içarense)

EDITORIAL - Emancipação gera ciúmes

Pelo que parece o Legisla-tivo de Içara não está sinto-nizado com a comissão de emancipação do Balneário Rincão, que, em breve, deve tratar do processo de tran-sição com o Executivo.
Em fevereiro foi realiza-da uma reunião na Câmara Municipal de Içara, onde a comissão e outras lideran-ças rinconenses compare-ceram, depois ocorreram mais dois encontros no Distrito, em março e abril, e os vereadores não foram.
De lá prá cá o Executivo deliberou quatro pessoas da Administração Munici-pal para discutir a transi-ção com a comissão. E o Legislativo ficou de fora, gerando um certo ciúme.

CHARGE

COLUNISTA - Elza de Mello



Aquém dos trilhos Vidas em Crônicas (13)

Olho o manuscrito em mi-nhas mãos e me emociono a cada palavra que leio. É um relato de vida que brota do âmago da alma de José Ida-lino Cechinel ao falar um pouco da Rodovia Pascoalin Cachinel.
O lugar mencionado é o Rio Acima, segundo ele, no-me dado pela quantidade de peixes que saía da barra e su-bia pelo rio Urussanga. E foi ali que a família Cechinel adquiriu o seu trabalho na estrada de ferro que estava sendo construída e, depois de algum tempo adquiriu o terreno onde se fixaram como moradores içarenses.
Pois bem, José Idalino re-corda as palavras de seus pais e avós quando se refere à diáspora italiana para o no-vo mundo: “foi em 1883 quando Paulo Cechinel e Catarina Copérnico e filhos deixaram a Província de Tre-viso, na Itá-lia, para não verem os fi-lhos perece-rem na guer-ra. A Nação não tinha planejamento familiar, fal-tava alimen-to ao povo e a fome era o motivo para manter a guerra.”
Mesmo o amor telúri-co era inca-paz de manter um povo fa-minto e deserdado das terras, bem maior de tra-balho e de condições de vi-da. Um relato que poucos têm a hombridade de afir-mar, sobretudo com as pala-vras que ele destaca ainda falando de Paulo Cechinel: “seus dois irmãos padres da ordem de São Francisco de Assis, a mesma ordem de Santo Antônio de Lisboa, que santificou a sua vida na Itália e escolheu Pádova para ser sepultado em 1231, lhe deram a bênção de despedi-da e dois estandartes de San-to Antônio de Lisboa. E a partir dessa devoção, Lou-renço Cechinel se tornou o zelador de Santo Antônio de Lisboa”.
As emoções afloram quando ele relembra os re-latos da família no porto de Nápolis, onde ocorreu a grande e dolorosa despedi-da. Ali ocorreu o último e mais saudoso olhar aos seus familiares, a sua terra natal, ao ar que respiraram por tantas gerações.
Saudades que deixava o coração aberto em uma fe-rida difícil de cicatri-zar. Eles tinham a certeza de que aqueles olhares que se cruzavam na despedida não se cruzariam mais. O Oceano era a grande fronteira in-transponível dessa viagem sem volta. No entanto a na-ve seguia o seu destino para a terra prometida, a terra de Santa Cruz abençoada por Frei Henrique de Coimbra em sua primeira missa.
A terra que levava o no-me de Brasil, a terra ver-melha das árvores brasilei-ras, o pau-brasil.
Então Paulo e Catarina olharam a imensidão azul do firmamento e pediram a Santo Antônio de Lisboa, a-quele que tinha os italianos em seu coração, que interce-desse a Jesus para que aqui no Brasil se formassem uma só família todos os filhos de Deus. E foram 36 dias de via-gem nas águ-as do Oceano até chegar ao Rio de Janei-ro. E foi ainda no cidade ma-ravilhosa que descobriram que a fartura de queijo rala-do que tanto atraíam os ita-lianos nas propagandas do Brasil, era na verdade fa-rinha de man-dioca. Mas a segunda surpresa ainda estava para acontecer. Seu destino era Santa Catarina e viajar até Urussanga. E foi na viagementre Laguna e Pedras Grandes que ele en-controu o lugar ideal para o seu objetivo: colocar uma tafona para moer milho.
A farinha de mandioca a-lém de ser um alimento des-conhecido da base familiar, ainda não agradou ao pala-dar de sua gente. Moer mi-lho para fazer a polenta se tornou um objetivo, faltava descobrir uma queda-d’á-gua ideal. E então essa que-da-d’água ele encontrou no rio Cocal onde passaram a residir em 1883. Neste lugar Paulo Cechinel se estabele-ceu, depois de algum tempo, com engenho de farinha de mandioca, engenho de açú-car e comércio.
Mesmo em uma terra fér-til e abençoada, o dinheiro não circulava devido as di-ficuldades de comerciali-zação da produção, então......
Continuamos na próxima edição com mais um as-sunto de nossa terra e de nossa gente.

POLÍTICA - População vai à Câmara exigir providências no HSD

Vários foram os relatos de içarenses na noite desta segunda-feira, dia 19, , na Câmara Municipal, sobre a falta de atendimento no Hospital São Donato; e vereadores prometeram ajudar.

(Divulgação)

Um ofício pedindo uma reunião com os vereadores de Içara depois da sessão legislativa desta segunda-feira, dia 18, foi enviado pe-lo morador do bairro Jaque-line, Valdemar Felício.
O cidadão, que passou por maus momentos ao não conseguir atendimento médico para a neta, tanto no Hospital São Donato (HSD), quanto em unidades de saúde municipal, reuniu descontentes dos bairros Jardim Silvana, Ja-queline, Tereza Cristina, Nossa Senhora de Fátima e Jardim Elizabete.
O grupo formou um movimento em prol da melho-ria da saúde no município e lotou a Câmara Municipal para exigir providência por parte dos vereadores. “Na quinta-feira passada, dia 14, levei minha neta no hospital, pois estava passando mal a vários dias, e tivemos um péssimos atendimento. Depois fomos em três postos de saúde que não tinham o remédio que ela precisava. Voltamos ao hospital e, a-lém dela, mais três crianças doentes esperavam, bem como uma senhora. Foi no mesmo dia em que um senhor faleceu por falta de atendimento”, relatou o morador.
Felício disse que só quando a reportagem da RBS TV chegou ao hospital que a neta foi atendida.
Outro morador, Bruno Martins, pediu que os vere-adores fossem mais fisca-lizadores e reclamou da a-titude dos políticos a respeito do atendimento do HSD. “Estes dias fui reclamar com o prefeito e ele jogou a culpa para o presidente do hospital, o Acir-ton Costa. Ficam um querendo passar a culpa para o outro. Por isso, estamos começando este movimento e não vamos parar por aqui”, prometeu Martins.
O ex-presidente da Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora da Fátima, Albertino Armin-do, também reclamou da saúde no município e disse que o problema é “politicamente resolvível”, por isso o grupo estava procurando os vereadores.

GERAL - Feira do Peixe Vivo de Içara é cancelada por falta de produto

A quantidade de peixes produzidos pelo único piscicultor participante da Feira do Peixe Vivo de Içara não foi suficiente para a realização do tradicional evento na Semana Santa de 2011.

(Alex Cichella/Jornal Içarense)

A tradicional Feira do Peixe Vivo de Içara, que chegaria a sétima edição em 2011, na Semana Santa, foi cancelada.
De acordo com o secretá-rio de Agricultura do mu-nicípio, Silvio João Vianna, o único produtor que par-ticipava da feira teve pro-blemas na produção e a quantidade de peixes não seria suficiente para a rea-lização do evento.
“O objetivo da feira é mo-tivar os produtores de Iça-ra. Não iria adiantar bus-carmos peixes de fora para vender aqui. O produto tem que ser do município”, ex-plica Vianna.
O secretário informa que a Administração Munici-pal tem incentivado a cri-ação de peixes, com o apoio da Empresa de Pesquisa A-gropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Porém, como a tradição da região é o con-sumo de peixe de água sal-gada, os produtores não mostram muito interesse em praticar a piscicultura nos açudes.
Segundo o secretário, pa-ra que no próximo ano não aconteça o mesmo proble-ma, algumas medidas es-tão sendo tomadas.
“Estamos abrindo novos açudes e oferecendo supor-te para os produtores in-teressados. Alguns já têm nos procurado. Mas, para ficar tudo regularizado, e-les precisam apresentar um projeto e licença am-biental”, orienta.
Nas feiras já realizadas, a Secretaria de Agricultura fornecia a estrutura e o pro-dutor precisava apenas ter os peixes disponíveis e saudáveis.
“Como já temos feito nos outros anos, vamos conti-nuar dando toda assistên-cia para os produtores, com o transporte de pei-xes, água apropriada para as piscinas, entre outras coisas”, comenta Vianna.
A Feira do Peixe Vivo a-conteceu nos últimos anos na Praça Matriz São Do-nato e contou com a co-mercializadção das mais variadas espécies de pei-xes, pescados na hora.
Junto com a venda de pei-xes deste ano também a-conteceria a feira de arte-sanato.
Com o cancelamento da Feira do Peixe Vivo, os arte-sanatos serão comercia-lizados na Festa do Agri-cultor, entre os dias 15 a 17 de julho, no CTG Querên-cia Praiana, no bairro Boa Vista, em Içara.

POLÍCIA - Nova campanha de desarmamento começa em 6 de maio no Brasil

Após o incidente ocorrido no Rio de Janeiro, onde um jovem de 24 anos entrou em uma escola e matou 11 alunos, fez o governo federal incentivar uma nova campanha de desarmamento.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

Após o drama que aconteceu no Rio de Janeiro onde um jovem portando duas armas de fogo (um re-vólver calibre 32 e um 38) entrou em uma escola a atirou contra os alunos matando 11 adolescentes, o Legislativo apontou medidas mais drásticas para os brasileiros se desarmarem e coibir que casos como es-se se repitam.
Uma nova campanha de desarmamento será realizada no País, a partir de 6 de maio. Quem entregar u-ma arma nos postos de coleta não precisa fornecer dados pessoais para receber a indenização. Nas du-as campanhas nacionais anteriores, o cidadão que devolvia uma arma de fogo tinha de dar informações pessoais, como o número do CPF e de uma conta ban-cária, para o governo depositar a indenização. Na nova campanha, ao entregar a arma, o cidadão vai receber um protocolo para retirar o valor em uma a-gência do Banco do Brasil ou em caixas eletrônicos.
Os valores de indenização continuam os mesmos, variam de R$ 100 a R$ 300 dependendo do tipo de armamento. O cidadão não vai ter direito a indenização por munição entregue.
As armas que forem devolvidas são inutilizadas na mesma hora, na frente do cidadão. Depois de inutilizadas, as armas são encaminhadas à Polícia Federal para o descarte total.
Neste ano, as igrejas e organizações não governamentais (ONGs) vão funcionar como postos de coleta de armas, além das delegacias de Polícia Civil, batalhões de Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e das unidades das Forças Armadas.
Em Içara, apenas dois pontos estarão recebendo as armas de fogo: a Polícia Civil (PC) e o batalhão da Polícia Militar (PM).
De acordo com o delegado da PC de Içara, Rafael Marin Iasco, este tipo de contribuição é de grande importância para os órgã-os de segurança já que os investigadores tem uma grande base das armas que andam pelas ruas. “Muitas dessas armas acabam ligadas a crimes, já que um bandido invade uma casa a leva, podendo criar problema para o proprietário.”
Qualquer arma pode ser entregue com ou sem registro, o objetivo é tirar as armas de fogo das ruas.

VARIEDADES - Escolas municipais realizam hoje caminhada pela paz

Em clima de Páscoa os alunos da rede pública municipal vão caminhar pelas ruas de alguns bairros de Içara na manhã desta quarta-feira, dia 20; as crianças divulgam a paz e a Páscoa.

(Arquivo/Jornal Içarense)

Lúcia de Lucca
A E.M.E.F. Lúcia de Luc-ca realiza a 2ª Caminhada Solidária na comunidade do bairro Jardim Silvana nesta quarta-feira, dia 20, a partir das 8h30min.
Todos os alunos e comu-nidade em geral partici-pam da caminhada, com saída da escola, e que terá três paradas, enfatizando, entre outros, os temas: Fa-mília, Paz e Páscoa.
Ao final será feito o sorte-io da rifa de Páscoa que teve a colaboração dos alunos e, na sequência, os estu-dantes serão dispensados.
Além disso, serão distri-buídos alimentos a famíli-as de alunos carentes da es-cola, em um total de seis cestas básicas, arrecada-das na Campanha Solidá-ria realizada no período de 1º a 15 de abril.

Quintino Rizzieri
Como tradição na Sema-na Santa a E.M.E.F Quin-tino Rizzieri realiza a Ca-minhada Solidária, com iní-cio previsto às 8h.
Este ano o evento tem co-mo objetivo principal re-lembrar a história dos 50 anos da emancipação do município de Içara.
Durante a caminhada, serão feitas paradas nas ca-sas e comércio da comuni-dade, onde serão realiza-das apresentações e mo-mentos de reflexão referen-tes ao tema.
No final, já na escola, a-contece a representação da Paixão de Cristo e distribui-ção de cestas básicas para famílias carentes da comu-nidade escolar.
Todos os pais e comuni-dade em geral estão convi-dados à participar.

ESPORTE - Seis jogos movimentaram o Municipal de Bocha

Nesta terça-feira foram realizadas seis partidas válidas pela quinta rodada do Campeonato Içarense de Bocha, que conta com a participação de 32 equipes, divididos em quatros chaves.

(João Miguel Nietto/Jornal Içarense)

Na noite de ontem foram realizado mais seis partidas pelo campeonato Municipal de bocha, válidos pela quinta rodada da competição que é organizada pela Fundação Municipal de Esportes (FME) de Içara. Já foram realizados até o momento 37 jogos.
As competições são realizadas nas diversas can-chas de bochas espalhadas pela cidade de Içara.

DISTRITO - Comissão pró-emancipação e Legislativo trabalham separados

Os encaminhamentos feitos pela comissão de líderes do Balneário Rincão, responsáveis pelas trata-tivas de transição do novo município, estão muitos lentas, na opinião do presidente do Legislativo.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

Um requerimento de autoria do presidente da Câmara Municipal de Içara, Darlan Bitencourt Carpes (PP), apreciado na sessão de segunda-feira, 18, mostrou que o Legislativo e a comissão formada por lideranças do Distrito Balneário Rin-cão estão trabalhando separados pno processo de transição do novo município.
Carpes pediu que autoridades. como o juiz eleitoral de Içara, o presidente da Câ-mara dos Deputados, o presidente do Senado, entre ou-tros, solicitassem ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC) informações sobre procedimentos referentes às eleições do Rincão. A dúvida dele é quanto à possibilidade de existir algum projeto que possa vir alterar a lei estadual que criou o município.
“A Câmara iniciou os trabalhos junto com a comissão pró-emancipação e est-amos vendo que a coisa está muito parada. Esta é uma transição muito importante. Devemos criar uma comissão para trabalhar junto com o Executivo a fim de dar direcionamento as questões como divisão de renda, pa-trimônio entre outras”, enfa-tizou o presidente.
A proposta de se criar u-ma outra comissão para tratar do assunto surpreendeu e indignou o vereador rinco-nense Jurê Carlos Bortolon (PMDB), participante da comissão já formada por líderes do balneário.
“Tudo o que o senhor quiser de explicação é só ir ao TRE/SC. Nós já tivemos u-ma reunião com o Executivo, no dia 5, em que foram tratados estes assuntos. Inclusive, os senhores vereadores foram convidados, mas não compareceram. O prefeito Gentil da Luz já escolheu pessoas do Executivo para junto com a comissão tratar da divisão da contabilidade dos dois municípios. Além disso, marcamos a data para ir ao TRE/SC”, justificou Bortolon, sobre os trabalhos no Rincão.
O presidente da comissão, Jairo Custódio, disse que a reunião com o TRE deve ser próxima semana.