Morador do bairro Jaqueline, em Içara, que trabalha na empresa Coposul, instalada no mesmo local, sofreu um acidente de trabalho no sábado, dia 21; a empresa já prometeu ajudar.(Bruna Borges/Jornal Içarense)
Há 11 anos trabalhando como operador de extruso-ra na empresa Coposul, localizada no bairro Jaque-line, em Içara, Fábio Júnior Custódio, 32 anos, passou por um momento difícil no sábado passado, dia 21, próximo ao horário de saída do trabalho, ao meio dia.
De acordo com o pai, Ce-demir Custódio, Fábio estava limpando uma das máquinas quando um colega de trabalho, sem perceber que ele estava lá, acionou um botão ligando as extru-soras, fazendo com que a máquina puxasse a mão do rapaz de forma que parte dela foi amputada, restando apenas o dedo polegar.
Apavorados com a situação, os funcionários envolveram roupas ao redor do fe-rimento, a fim de estancar o sangue, e o levaram ao Hospital São José, em Criciúma.
A preocupação de Fábio e da família, além do feri-mento na mão, é a situação financeira, pois, segundo Custódio, o filho tem direito a alguns vencimentos atrasados e antecipação de pagamentos, para ajudar no tratamento e despesas.
De acordo com o responsável pelo RH da Coposul, Marcos Eliel de Morais, a empresa está fazendo todo o possível para ajudar. “Temos convênio com um médico que presta serviço no Hospital São José e pedimos para ele dar suporte enquanto o funcionário estiver lá. Além disso, estamos acertando para pagar alguns di-reitos que ele já tem, como férias, entre outros. Valores também serão antecipados, a fim de facilitar neste momento”, explicou Morais.
Responsáveis e funcionários da empresa também estão em contato com a família para conferir as necessidades. “É uma família que trabalha há bastante tempo conosco, tanto o Fábio, co-mo a irmã. Hoje mesmo estaremos junto com o advogado da empresa para tratar deste assunto”, prometeu o encarregado do Setor Pessoal, nesta sexta-feira.
De acordo com o médico cirurgião de mão, Fabian Pe-ruchi, que está atendendo o caso, Fábio sofreu uma lesão traumática dilacerante muti-lante na mão direita e não há previsão para receber alta. “Quando ele chegou ao hospital, foi atendido pelo ortopedista que estava de plantão. Porém, como a lesão foi muito grave, julgaram melhor transferí-lo para um cirurgião de mão”, relatou. O médico explicou que o paciente deve passar por algumas cirurgias ainda, a fim de reconstituir a pele na região do ferimento. “Queremos preservar o que ele tem, que é o polegar e parte da mão. Por isso,vamos esperar o ferimento evoluir pa-ra saber quantas cirurgias ainda serão necessárias e se não haverá nenhuma outra complicação. Pelo que vi vai demorar para ficar bom. Então, não dá para dizer quanto tempo mais ele ficará internado”, informou Peruchi.