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terça-feira, 5 de abril de 2011

POLÍTICA - PDT de Içara perde fundadores e continua com a mesma Executiva

Com o anúncio do possível fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, os partidos pequenos terão dificuldade de eleger candidatos; o PDT de Içara perde filiados por isso.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

A saída dos ex-vereadores Murialdo Gastaldon e Cléber Viana do PDT de Içara já é fato consumado.
Gastaldon, no cargo de presidente da sigla, leva consigo outros partidários. Porém, o número deles ainda é desconhecido.
O partido escolhido foi o PT, que possui ideologia semelhante a do PDT.
Os quase ex-pedetistas tomaram a decisão se antecipando à Reforma Política, que deve aprovar o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais brasileiras. Com isso, os partidos pequenos tendem a sumir nos municípios, pois não será mais possível realizar coligações pa-ra a disputa de vagas na Câmara Municipal, e nem Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados.
De acordo com Maria Brígido Vieira, a Kika (PDT), que era vice-presidente do partido e tomou o posto de Gastaldon após a saída, o sigla continua os trabalhos normalmente até nova convenção que ocorre em setembro.
“Não tenho ideia de quem mais vai sair do PDT. Eu vou continuar na presidência, assim como os demais integrantes. Pois, da Executiva saem apenas o Murialdo e o Cléber, fundadores do partido. A partir de setembro, com a convenção, é que teremos mudanças”, explica Kika.
Antes do tempo previsto para a convenção, a presidente vai buscar a listagem dos que continuaram no PDT, no Cartório Eleitoral, e conferir se será possível criar o novo Diretório.
“Para se fazer, é preciso ter no mínimo 20% dos fi-liados. O Diretório deve ter 42 membros. Caso não seja possível fazer a convenção, vamos criar uma comissão provisória”, comenta Kika.
A presidente do partido explica que os ex-pedetis-tas migram para o PT pela vontade de serem candidatos na próximas eleições.
Caso continuassem na sigla, teriam pouca chance de se eleger, pois não pode-riam mais fazer coligação. “Eu particularmente não gosto desta mudança. Gostaria de continuar no PDT. Mas, vejo que o partido ru-ma à extinção em Içara, pois sem coligação, não fa-rá legenda”, fala.
Kika explica que os partidos pequenos tendem a se esgotar apenas nos municípios. A nível estadual e federal, continuam fortes.
O vereador Diego Vito-rassi (PDT) que tem mandato eletivo e não pode trocar de partido até o final do mandato, com pena de perder a vaga na Câmara, diz estar analisando a possibilidade de abrir-se uma janela partidária, que dá um prazo para o político mudar de sigla, sem perigo de perder o mandato.
“Ainda não decidi se vou sair do PTD. Estou conversando com a família”, ressalta Vitorassi.
O presidente da Fundai e primeiro suplente de vereador pelo PDT, Geraldo Baldissera, também declara estar analisando a situação. “Posso mudar de partido futuramente, mas, por enquanto, continuo no PDT”, declara.
No próximo sábado, dia 9, será oficializada a ida dos ex-pedetistas ao PT, na Associação de Moradores do bairro Primeiro de Mai-o, em Içara, às 15h. O evento contará com a presença da ministra da Pesca Ideli Salvatti (PT).

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