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quarta-feira, 18 de maio de 2011

POLÍTICA - Possível fraude em votação da Câmara está sob investigação

Uma denúncia feita ao Ministério Público culminou na apreensão das cédulas usadas na votação do veto ao projeto que extingue a APA, o inquérito deve ser encaminhado em 30 dias.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

A intervenção de uma Força-Tarefa do Ministério Público, Polícia Civil e Militar na sessão da Câmara de Municipal de Içara desta segunda-feira, dia 16, surpreendeu vereadores e comunidade presente.
Após a votação do veto do prefeito Gentil da Luz ao projeto de Lei que prevê a extinção da Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Cruz e reduz atribuições da Fundação de Meio Ambiente de Içara (Fun-dai), o delegado Airton Fer-reira, que comanda a Coordenadoria Regional de Investigações Especiais do Ministério Público Estadual em Criciúma, interrompeu a sessão, pedindo que a Mesa Diretora do Legislativo entregasse as cédulas usadas pelos vereadores para votação, que continham as opções: Aceito o veto ou Rejeito o veto.
A ação aconteceu devido a uma denúncia de possível fraude no processo le-gislativo.
De acordo com o promotor responsável pela Força-Tarefa de Criciúma, Eduardo Paladino, o grupo já vem trabalhando há alguns dias na apuração da informação, o que culminou no recolhimento das cédulas nesta segunda-feira. “A apuração da possível fraude levou-nos a fazer o pedido de busca e apreensão das cédulas ao juiz da Comarca de Içara. Depois de ele autorizar, fomos acompanhar a votação e, após finalizada, cumprimos a ordem judicial”, explicou Paladino.
Ainda de acordo com o promotor, a investigação continua. As cédulas passarão por um perícia e o in-quérito deverá ser encaminhado para a Comarca de Içara após 30 dias da instauração. “Acreditamos que em 30 dias o inquérito será encaminhado para Içara, a menos que haja um pedido de prorrogação”, o-bservou o promotor.
Informações como data da denúncia e autoria estão sob sigilo.
Paladino informou que, se eventualmente a perícia confirmar a marcação em alguma cédula, o autor deverá ser identificado e responderá por crime de falsificação de documento e prevaricação.
O presidente da Mesa Diretora do Câmara Municipal de Içara, Darlan Bi-tencourt Carpes, declarou que a votação aconteceu dentro da normalidade e que não sabia de suspeita de marcação de cédula.

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