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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Geral: Negligência médica pode ser a causa da morte de bebê

A operadora de caixa, Márcia Aparecida Machado, 23 anos, moradora do bairro 1º de Maio, em Içara, chegou ao Hospital São Donato na manhã de 31 de outubro, já apresentando dores de parto.
Segundo o representante comercial, João Carlos da Rosa, 49 anos, cunhado da paciente, uma parteira que estava de plantão no momento, informou à Márcia que ela não apresentava condições para realizar um parto normal.
De acordo com Rosa, o ginecologista Lauro Nogueira, chegou ao hospital às 23h15min (aproximadamente 12 horas depois dos primeiros toques na gestante). Com o rompimento da bolsa da paciente o médico informou que ela passaria por parto normal assim que apresentasse a dilatação necessária.
Em situação de aflição e muita agonia Márcia sentia que a qualquer momento perderia o bebê. Foi quando o chefe da enfermaria chamou Nogueira, (exatamente às 04h30min da manhã, mais ou menos 17 horas após as contrações) que ao analisar a situação da gestante chamou a anestesista para iniciar o trabalho da cesariana.
Ao nascer a criança foi transferida para o neonatal do Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão e veio a falecer no dia 15 de novembro às 01h20minmin. O motivo da morte foram problemas respiratórios gerado pela aspiração de mecônio (secreção liberada pela criança). Márcia afirma que a culpa do falecimento foi a negligência do médico que, segundo ela, poderia ter realizado o parto antes do estado do bebê ter piorado. Ela conta que não foi visitada por Nogueira nessas 12 horas que ficou na sala a-guardando o retorno.
Relato do médico
A equipe de investigação do JI, também entrou em contato com o médico Lauro Nogueira no intuito de apurar a versão.
Ele afirmou "ter todos os papéis ponta a ponta dizendo que ela apresentava ótimas condições para um parto normal". O médico desmente a acusação de que não teria dado assistência à paciente. "Eu fiquei o tempo todo do lado dela. Enquanto ela não apresentou dilatação eu a-guardava na sala de espera, onde sempre aguardo, num sofá, mas sempre indo ver como estava estado dela" afirma o médico.
Nogueira explica que foi chamado pelo chefe da enfermagem porque a família estava gerando barulhos e inquietações no hospital. "Eles tiveram que me chamar pelo alvoroço que a família estava causando. Quando cheguei notei que a dilatação estava demorando e então decidi partir para a cesariana", conta ele. O doutor informou que ao ser transferida para a UTI de Tubarão a criança recebeu alta e depois de receber duas vacinas das enfermeiras. Depois disso, a criança teve uma convulsão, voltou para UTI e então, veio a falecer.
A diretora administrativa do HSD, Morgana Zock, informou que a família já esteve no hospital fazendo a denúncia por escrito que foi en-caminhada para a comissão de ética médica, podendo, se preciso, ser encaminhada ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
A assessoria jurídica do Hospital Nossa Senhora da Conceição não quis se manifestar sobre o assunto sem antes verificar o laudo médico da criança. A família deverá registrar Boletim de Ocorrência.

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