Programa Municipal DST/Aids, como incentivo de luta pela causa, cria grupo de artesanato com nome bem sugestivo: Oficina de Arte Vida PostiHIVa, que é apenas aos portadores de HIV.
Com o objetivo de oferecer uma melhor qualidade de vida aos portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o Programa DST/Aids de Içara está formando um grupo de artesãos com portadores do vírus.
O nome do grupo, Vida PositHIVa, caracteriza bem a filosofia do grupo, segundo a coordenadora do Programa DST/Aids do município, Samira Abdenur. “Ter HIV não significa o fim da vida, pelo contrário. Para muitas pessoas que se descobrem portadoras, é um despertar. E esse grupo visa justamente oferecer uma nova expectativa para essas pessoas”, conta Samira.
O grupo conta com 15 mulheres de diversas faixas etárias, mas também é aberto para homens.
O grupo começará as oficinas a partir dodia 7 de julho, nas dependências do Sistema de Atendimento Especializado (SAE), na Rua Coronel Marcos Rovaris, Centro de Içara.
Nas reuniões, os participantes trabalharão com tricô, crochê, bordados, acessórios, entre outros. Para os homens, também é ensinado a fazer redes de pesca e pinturas. O objetivo também é fazer apresentações em feiras e eventos.
De acordo com a psicóloga do Programa DST/Aids, Zulma Pereira Velho, ainda é muito difícil para a pessoa que se descobre portadora se aceitar. “Elas geralmente ficam com muito mais medo da rejeição e da opinião alheia do que do próprio diagnóstico”, expõe a psicóloga, que auxiliará os integrantes do grupo nas reuniões semanais.
Além de ser uma terapia ocupacional, a integração entre os participantes servirá como ajuda mútua no convívio com o vírus.
“Quando chega alguém novo, que ainda não se adaptou e que passa por problemas, como depressão, baixa auto-estima, sensação de rejeição, em contato com as pessoas que já passaram por isso, poderão ter um novo incentivo a valorizar a própria vida, se cuidar melhor e a amar mais intensamente as pessoas próximas”, explica Andréia Corrêa Zeferino, uma das integrantes da oficina.
Andréia é portadora do vírus há 9 anos e há 6 participa do Programa DST/Aids. É uma das mais ativas no grupo e está sempre tentando ajudar outros portadores. “Estou repassando para os outros a ajuda que me deram aqui, principalmente a Samira”, conta.
As reuniões começam às 13h e vão até as 17h, todas as terças-feiras, a partir da semana que vem.
Não há nenhuma taxa, matrícula ou mensalidade. A passagem e a alimentação são bancadas pelo Programa DST/Aids, que também oferecerá cursos e viagens para palestras. A única condição é ser portador do HIV.
Mais informações no telefone 3432-8890.
Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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