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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

GERAL - Centro de Triagem de Içara recebe “suspeitos” sem sintomas

Comunidade procura Centro de Triagem de Içara, mesmo sem apresentarem os sintomas da Gripe A, principal motivo pelo estabelecimento do posto, tornando o atendimento lento e desnecessário.

O Centro de Triagem de Içara, instalado atrás do Hospital São Donato, foi criado para atender à população que apresenta os sintomas da Gripe A (Influenza H1N1), para não superlotar os hospitais, nem aumentar o risco de transmissão do vírus pelo aglomeramento de pessoas.

Todavia, só no primeiro dia de atendimento do posto de triagem, 122 pessoas passaram pelo local. A grande maioria dela nem sequer apresentava os sintomas da nova gripe. O mesmo se repetiu ontem, no segundo dia de atendimento.

De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica de Içara, Gustavo de Jesus, a equipe técnica teve de ser aumentada. No início, havia um médico, um enfermeiro e dois técnicos em enfermagem. Agora são dois médicos, um enfermeiro e quatro técnicos.

“Só devem vir ao Centro de Triagem quem apresentar os sintomas da Gripe A: febre alta, tosse, dificuldade de respiração e dores pelo corpo. Tem gente que vem aqui só com tosse, o que não representa risco algum se não houver os demais sintomas”, comenta.

O medo da população em relação ao H1N1 se reflete também no comércio, onde já não se encontra mais álcool, principalmente em forma de gel.

“O melhor a fazer é lavar as mãos, no mínimo, a cada duas horas com sabonete líquido e sempre após apertar a mão de alguém. Se possível, evitar a prática e evitar aglomerações”, salienta.

O uso de máscaras só se faz necessário em caso onde precisa-se estar em um ambiente fechado com muitas pessoas. Nas ruas, segundo o coordenador, o uso de máscaras é dispensável.

Em Içara, somente sete casos foram submetidos à investigação, isto é, exames foram encaminhados ao laboratório (Lacen) autorizado em Florianópolis. Destes, três já foram negados, não se tratando da Gripe A. Os outros ainda não foram emitidos pelo laboratório, que analisa, ao todo, cerca de 800 outras suspeitas.

Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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