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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

POLÍTICA - Unidades de Saúde terão cartão ponto funcionando em 15 dias

As Unidades de Saúde de Içara possuem aparelho digital de cartão ponto cujo funcionamento será regularizado até dia 15 de setembro, segundo a gestora municipal de Saúde Mira Dagostim.

Na sessão da Câmara de Vereadores de Içara desta segunda-feira, dia 31 de agosto, o vereador Jurê Bortolon (PMDB) apresentou a Indicação n° 316/09 referente ao funcionamento do cartão-ponto nas Unidades de Saúde do Município.

De acordo com o vereador peemedebista o registro dos horários de entrada e saída dos funcionários da Saúde, principalmente, dos médicos, melhoraria a qualidade dos serviços.

Bortolon afirma que “os médicos são contratados por 4 ou 6 horas e alguns estão trabalhando apenas 2 ou 2,5 h”. Ele tomou a iniciativa de fazer a indicação para que “o prefeito Gentil da Luz fique ciente da situação e tome as medidas cabíveis.”, explicou.

Cobra melhoria na comunicação entre Câmara de Vereadores e Secretariado Municipal: “reuniões rotineiras entre vereadores e o colegiado aproximaria os gestores da Câmara”, sugere Bortolon.

A gestora da Secretaria de Saúde de Içara, Mira Dagostim confirmou a existência do cartão-ponto digital nas Unidades de Saúde. Ela argumenta que os aparelhos estão desligados devido a um problema técnico que já está sendo solucionado. “No início da gestão ocorreram problemas e o sistema precisou ser reinstalado. Até o dia 15 de setembro o cartão-ponto estará funcionando, até porque esse registro é obrigatório para qualquer funcionário público”, relata Dagostim.

Na sede da secretaria o aparelho digital está em pleno exercício e a frequência de todos os servidores está sendo registrada regularmente. Segundo a gestora a troca de profissionais da área também contribuiu para a demora da utilização do aparelho eletrônico, porque é necessário cadastrar os novos funcionários.

A enfermeira-chefe da Policlínica, Postode Saúde Central, Magda Andréia de Brito, disse que “no local não há problemas com horário dos médicos pois o atendimento é agendado. Os médicos tem contratos entre 10 e 20 horas semanais; divide-se por cerca de 15 minutos para cada paciente e obtém-se o número de consultas de cada profissional”.

Magda faz o registro dos horários dos funcionários da Unidade de Saúde manualmente assim como a enfermeira-chefe do Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro Raichaski, Laura Magé, que afirmou que geralmente preenchem a ficha com os horários de entrada e saída da médica, R. B., uma vez por semana. “A doutora cumpre com o horário corretamente, pela manhã, normalmente, das 10 h às 12 h e pela tarde ela fica das 13 h até umas 16 h”, informou Laura. A repórter do Jornal Içarense esteve na unidade às 15h30min, mas R. B. já havia encerrado o expediente. E não foi possível fazer contato com ela.

O ex-gestor da Saúde de Içara, Valmor Rosso, conta que na administração anterior os aparelho do cartão-ponto funcionavam e que cumpriam com a exigência contratual do Ministério da Saúde (MS) para os PSFs. “Exigíamos o cumprimento contratual das 8 horas diárias como define o MS”, declarou.

A fiscalização só é feita mediante denúncia “se for comprovado que os médicos não estão trabalhando o tempo designado pelo contrato a Secretaria poderá perder a verba do PSF”, esclarece Rosso.

A nutricionista do Posto de Saúde Central, Raquel de Oliveira, é favorável ao cumprimento de horário: “aprovo o cartão-ponto; meu contrato de 20 h semanais é respeitado e os agendamentos estão sendo atendidos”.

Sobre o Hospital São Donato a representante da administração, Morgana Zock, diz que “os médicos não cumprem horário e sim seguem uma escala pré-determinada. A prefeitura tem um contrato de prestação de serviço com o HSD que cobre a urgência e emergência com um valor fixo mensal de R$ 48 mil: “mas o próprio Hospital contrata a equipe médica e estabelece os horários que julgar necessários”, informa.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apurou, segundo o site do órgão, que a maioria dos municípios tem problemas com o cumprimento da carga horária dos profissionais da área de Saúde e que pede uma melhor fiscalização do povo.

Fotos: Almerice Rodrigues (Jornal Içarense)
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