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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POLÍTICA - FHC dá palestra em Criciúma e critica levemente o Governo Lula


Na vinda à Criciúma, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), opinou sobre a situação do Brasil na conjentura econômica, política e social e sobre o Governo Lula.

Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira, 30, no Colégio Energia, em Criciúma, o ex-presidente da República, Fernando Henri-que Cardoso (FHC-PSDB), opinou sobre a atual situação do país e fez uma análise do Governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT); sobre choque de gestão; descriminalização do consumo das drogas; da disputa eleitoral para presidência no próximo ano, sobre a Petrobrás e o modelo de operacionalização do pré-sal e a respeito do próprio caminho, confessou não querer mais se envolver na “política eleitoral”.
A noite, na Sociedade Recreativa Mampituba, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ministrou palestra à lideranças políticas e empresariais de todo o estado de Santa Ca-tarina. com o tema “Para onde caminha o Brasil”.
FHC aproveitou para, além de repassar sua visão econômica e política do cenário brasileiro, conhecer um pouco da região Sul de Santa Catarina.
“Poderíamos ter investido mais. O atual governo perdeu muito tempo escolhendo o modelo que adotaria com relação à privatização. No mundo de hoje todos devem investir e não se deve perder tempo com discussões ideológicas”, afirmou em tom de crítica à Administração de Lula da Silva. “Tem que se investir em infraestrutura e sustentabilidade. O Brasil tem muitos recursos é questão de mãos à obra”, enfatizou o ex-presidente.
Questionado sobre a defesa da legalização do uso de drogas na América Latina ele argumentou. “A repressão está perdendo a guerra. Colocar o usuário na cadeia não resolve o problema. Tem que se descriminalizar o consumo e adotar campanhas de conscientização e controle, semelhantes aos que tem o cigarro. O que não significa deixar de combater o tráfico de drogas”, explica o tucano.
Para FHC, do ponto de vista econômico a estabilidade da moeda (Real, criado por ele) o Brasil vai bem. A área social também a-vançou na opinião dele, no entanto o país está aquém do esperado com relação ao ponto de vista político. “Um país não precisa só da economia para crescer. As estruturas precisam crescer junto”, disparou.
Ele afirmou que o momento na história política-eleitoral dele passou. “Por que eu deveria voltar a ser candidato? Quando sai, já estava decidido a não querer mais disputar eleições. Faço parte de várias organizações no mundo inteiro e voltei a dar aulas. Participo da política de outras maneiras”, teorizou Fernando Henrique, que ainda revelou que se tornou presidente meio por acaso, visto que não tinha pretensão de chegar até a Presidência.
“Os dois tem qualidade, mas não posso decidir por um deles porque meu coração balança”, declarou se referindo à estreita ligação afetiva que tem com o Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e o Governador de São Paulo, José Serra, pré-candidatos a presidente do Brasil pelo PSDB.
Na quinta-feira, o ex-presidente visita empresas de vários setores instaladas na região.
Após a palestra de quarta-feira, FHC também participa de um jantar restrito a quase 200 pessoas, em um dos salões do clube Mampituba, onde trocará informações com empresários e políticos de uma forma mais próxima. Todos os convidados receberão de presente um livro de sua autoria autografado pelo autor.
Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro Presidente da República a cumprir dois mandatos seguidos (1995 a 2002).
No período de oito anos, FHC marcou o governo com a consolidação da estabilidade monetária, a modernização da economia e por reformas nas contas e na gestão do setor público. Nascido no Rio de Janeiro, em 18 de junho de 1931, Fernando Henri-que Cardoso é sociólogo.

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