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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

GERAL - Empresas fumageiras garantem compra de produção contratada

A Comissão Interestadual dos Produtores de Tabaco teve êxito nas negociações e as empresas fumageiras voltarão a comprar o produto; reunião no sindicado de Içara confirmou acordo.

(Alex Cichella/Jornal Içarense)

Depois de mais uma rodada de negociações com empresas fumageiras, ocorrida terça-feira, dia 22, a Co-missão Interestadual dos Produtores de Tabaco conseguiu com que quatro delas concordassem com as reivindicações feitas pelos agricultores do Sul do País.
Em reunião, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, na manhã desta quarta-feira, dia 23, representantes de sindicatos das regiões de Tubarão, Criciúma e Araran-guá decidiram por unanimidade confirmar às empresas o retorno da venda do produto.
“As empresas vão retor-nar a comprar o produto e nós vamos avaliar se elas estão cumprindo o prometido, através de assemble-ias regulares com os agricultores”, explica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Ca-tarina (FETAESC), Hilário Gottselig.
As fumageiras Philip Morris, JTI Kannenberg, Universal Leaf e Alliance One atenderam prontamente a convocação da comissão, representante le-gítima dos produtores da Região Sul do País.
As duas primeiras empresas assumiram o compromisso de melhorar a classificação do produto.
Já a Universal Leaf a e Al-liance One, além da classificação, prometeram, junto com as outras empresas que já participaram da negociação, cumprir os demais itens do protocolo firmado com a comissão: com-pra de toda a safra contratada; pagamento em quatro dias úteis; pagamento do frete e do seguro da carga; aval dos financiamentos; fornecimento de insu-mos e assistência técnica e fiscalização da classificação por órgãos oficiais e o acompanhamento da classificação das entidades que assinaram o acordo.
A maioria das empresas até agora assinou o protocolo que estabelece um reajuste de 10% a ser aplicado sobre a tabela safra 2008/2009, última resultante de acordo.
A Universal Leaf e Alli-ance One justificaram a não assinatura do protocolo por questão de sustenta-bilidade financeira. Elas a-legaram não poder seguir esse percentual de reajus-te. Mas, garantiram a manutenção da tabela de pre-ços praticada na safra 2009/2010.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Jair D’Es-tefani, a expectativa da FETAESC foi alcançada. O único problema é o impas-se gerado por um grupo de agricultores de alguns sindicatos.
“A posição deles é contrária a da comissão. Eles estão provocando estas mobilizações, não deixando que o fumo chegue às empresas. Nós somos a favor do diálogo e negociação, para que o produto, que está estragando, volte a ser comprado o mais rápido possível. Este é um an-seio dos agricultores. Não podemos impedir que eles trabalhem”, enfatiza Jair D’Es-tefani.
De acordo com o presidente, quatro dos sindicatos que estão provocando os protestos foram convidados para a reunião em Içara. Porém, nenhum re-presentante compareceu.
“Chamamos para estarem junto conosco, a fim de facilitar as negociações com as empresas. Porém, estes sindicatos, das cidades de Meleiro, Jacinto Ma-chado, Sombrio e Turvo; não quiseram participar da reunião. As empresas não os consideram representantes dos agricultores, e sim a FETAESC”, diz.
O presidente da FETA-ESC informou que, independente da continuação das mobilizações por parte dos sindicatos contrários à comissão, a decisão de voltar a vender o produto já está tomada.

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