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quarta-feira, 22 de junho de 2011

COLUNISTA - Edna BENEDET

Participação Política da Mulher e o novo Projeto Nacional de Desenvolvimento

Esse foi o tema do 8° Congresso da União Brasileira de Mulheres que aconteceu nos dias 10. 11 e 12, na cidade de Praia Grande – SP. O Congresso reuniu mais de 362 dele-gadas de vários Estados do Brasil. O Estado de Santa Cata-rina registrava a presença com 20 delegadas de diversos municípios. Içara estava representada com três delegadas.
Além da riqueza teórica dos debates, também se destaca a riqueza cultural do congresso, pois tivemos a oportuni-dade de trocar experiências com mulheres de diferentes lugares, conhecer diversas realidades de inclusão das mu-lheres nas inú-meras esferas da sociedade e nos espaços de poder.
O Novo Pro-jeto Nacional de Desenvol-vimento não pode deixar de apontar solu-ções para os problemas di-retamente li-gados à questão de gênero existente na nossa sociedade, deve priorizar políticas públicas que garantam a autono-mia econômica da mulher, que amplie a participação nos espaços de poder, no mercado de trabalho, que valorize a identidade, rumo ao avanço político, econômico e social, assegurando uma melhor qualidade de vida as mulheres e homens deste país.
Há 78 anos apenas, a mulher conquistou o direito a ci-dadania, o direito ao voto. Somos 56% da população, a maioria no colégio eleitoral, mais ainda, nossa participa-ção de espaço na política tem que avançar e muito.
Apesar da grande e significativa vitória da eleição da pri-meira mulher presidenta do Brasil, ocupamos menos de 15% dos cargos, um índice comparável ao Haiti, Ilhas Cay-man, Jamaica, Porto Rico, República Dominicana e Venezu-ela, que são países mais desiguais em termos de participação política no aparelho de Estado no que se refere a gênero.
No Brasil, a pouca presença feminina no Poder Executi-vo, que melhorou significativamente, pois atualmente 11 mulheres ocupam cargos no primeiro escalão do governo federal, piora significativamente no parlamento, pois as mulheres representam 45 entre 513 deputados federais, 22 em um Senado com 81 membros e duas dos 27 governa-dores. Em Santa Catarina, a realidade não destoa, pois nos 293 municípios, temos apenas 424 vereadoras; 15 prefeitas e apenas 4 deputadas. Essa realidade precisa ser mudada, precisamos avançar na construção de uma sociedade sem opressão, desigualdades sociais, ou qualquer discriminação fundada em classe, gênero, raça ou etnia.

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