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sexta-feira, 8 de julho de 2011

POLÍTICA - Pela primeira vez Carpes fala sobre o caso das cédulas

Presidente da Câmara de Vereadores de Içara, juntamente com Acirton Costa, criticou o MIV e dois representantes, Bonifácio e Baldissera, e que não falou sobreo assunto por causa do jurídico.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

O presidente da Câmara Municipal de Içara, Darlan Bitencourt Carpes (PP), fa-lou pela primeira vez sobre o escândalo da marcação das cédulas. O assunto foi levantado durante o Horá-rio Político da sessão legisla-tiva desta quinta-feira, dia 7.
Indiciado pelo envolvi-mento na fraude, junto com os vereadores Acirton Costa (PMDB) e Itamar da Silva (PP), além do presidente da Cooperaliança, Pedro Ga-briel (PP), Carpes se esquiva-va do assunto quando ques-tionado pela imprensa.
Na sessão de ontem, o ve-reador criticou líderes do Movimento Içarense pela Vida (MIV). “Os interesses do MIV já viraram total-mente políticos e pessoais. Na Conferência sobre Saú-de, que aconteceu nesta ter-ça-feira, eles foram falar so-bre a mina. Pior de tudo, os senhores Gilmar Axé e Ge-raldo Baldissera usaram a ocasião para recolher assi-naturas das pessoas para um abaixo-assinado, a fim de afastar vereadores da Câ-mara. Desta forma, o movi-mento está perdendo a iden-tidade. Acho inconcebível que funcionários da prefei-tura usem seus cargos para fazer este tipo de coisa. Te-mos que falar com o prefeito sobre isso”, esbravejou.
Carpes ainda disse que não tem vergonha de dizer que foi indiciado e que só não deu entrevista até agora “por causa do jurídico”. “Es-tão jogando esta Casa no li-xo. Um desrespeito com os demais vereadores que fo-ram convidados para o e-vento. Eles (Axé e Baldis-sera) não têm moral para isso”, disse ainda Carpes.
O presidente do Legislati-vo foi apoiado pelo vereador Acirton Costa, também indi-ciado. “Várias pessoas que assinaram o documento na conferência só ficaram sa-bendo que era um abaixo-assinado depois. Quando eles (MIV) estão em bando, viram macho. Apontem qual entidade aqui em Içara eles já ajudaram. Nunca de-ram uma cesta básica para o Hospital São Donato”, en-fatizou Costa.
Para Carpes, a derrubada da Área de Proteção Ambi-ental (APA) de Santa Cruz beneficiou os agricultores. “Nenhum agricultor tem li-cença para vender argila e também não poderiam plan-tar, porque usam agrotóxico. A derrubada da APA aca-bou os beneficiando”, disse.
O presidente da Funda-ção de Meio Ambiente de Içara (Fundai), Geraldo Bal-dissera, e o integrante do co-mitê gestor da Administra-ção Municipal, Gilmar Bo-nifácio (Axé), disseram, po-rém, que o recolhimento de assinaturas não foi para a-baixo-assinado. “O Darlan, como presidente do Legis-lativo, deveria se informar melhor sobre as coisas, para não falar coisa errada na Câmara. As assinaturas que estávamos recolhendo eram para que as moções por nós apresentadas durante a con-ferência pudessem ser apre-ciadas no final do evento. Como toda a conferência, os participantes podem apre-sentar moções. Apresenta-mos três: a primeira, elogi-ando a ação do Ministério Público na averiguação da acusação de fraude no Le-gislativo e pedindo que con-tinue se esforçando; a se-gunda, pedido dos delega-dos da conferência à Câma-0ra de Vereadores para que apurem os fatos e afastem os três vereadores envolvidos, até o final do processo; e a terceira, comunicado dos delegados à Administração Municipal, FATMA, Minis-tério Público Estadual e Fe-deral, contra a liberação da extração de carvão em Iça-ra”, explicou Bonifácio.
O integrante do MIV enfa-tizou que as moções são normais neste tipo de confe-rência e que a 3ª Conferência Nacional de Saúde também teve uma moção aprovada contra a extração de carvão.
“As nossas moções tive-ram grande receptividade pelos delegados, sendo que conseguimos 34 assinatu-ras. Eu fui escolhido como suplente de delegado na conferência, trabalhando ao lado da delegada represen-tante do MIV”, informou, ainda, Bonifácio.
O MIV se reuniu nesta quinta-feira, 7, para tratar das providências a serem to-madas com relação aos polí-ticos indiciados e as entida-des às quais estão envolvi-dos, como Cooperaliança e Hospital São Donato.

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