(Arquivo/Jornal Içarense)
No próximo dia 10 de a-gosto, o desabamento do prédio onde funcionava o serviço de Correios em Içara completa seis anos.
O desastre tirou a vida de Mário de Ávila, Pedra Bor-ges de Souza, Nádia Maria Borges e Nivaldo José Fernandes. Além deles, du-as pessoas ficaram com se-quelas devido à tragédia.
Conforme processo judicial, o desmoronamento foi ocasionado pela utilização de material inadequado na construção.
O engenheiro civil responsável pela obra, Márcio Adelar Peruchi, sofreu Censura Pública, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), no mês passado. O CREA-SC abriu processo administrativo ético disciplinar e constatou que houve irregularidade no exercício profissional por parte de Peruchi.
O processo foi instaurado no CREA-SC após a entrega do Laudo Técnico Pericial ao Conselho apontando as causas do acidente. O documento sugeriu indícios de erros na concepção e na execução da obra. O laudo foi elaborado por inspetores do CREA-SC em conjunto com os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Peruchi recebeu penalidade de Censura Pública “em face de irregularidades no exercício profissional na obra do Sr. José Ma-noel Cardoso, situada na Rua São Donato, n° 448, Içara/SC, identificadas a-través da Fiscalização deste Conselho e encaminhamento de cópia de laudo pericial”, disse a nota di-vulgada na página do CREA-SC na internet.
De acordo com o advogado do engenheiro, Sérgio Francisco Graziano Sobrinho, o processo que acusa Peruchi do crime de “desabamento resultado morte” foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, no início deste a-no, para que seja julgado o recurso especial impetra-do pela defesa. “O recurso está tramitando em Brasí-lia, não terminou ainda. Ele não está condenado”, destacou o advogado.
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