Durante manifesto do Movimento Içarense pela Vida (MIV), os vereadores da Câmara Municipal de Içara aprovaram requerimento criando Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Bruna Borges/Jornal Içarense)
Os sete vereadores da Câmara Municipal de Içara, que não são acusados de envolvimento no escândalo das cédulas marca-das, aprovaram na sessão legislativa desta segunda-feira, dia 29, o requerimento para constituição da Co-missão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar a quebra de decoro dos vereadores afastados pela Justiça: Darlan Biten-court Carpes (PP), Acirton Costa (PMDB) e Itamar da Silva (PP).
A aprovação foi presenciada por militantes do Movimento Içarense pela Vida (MIV) que lotaram a sede do Legislativo em protesto.
A CPI vai ser composta por cinco vereadores: presidente Jurê Carlos Bortolon (PMDB), secretário Diego Vittorassi (PDT), relator Osmar Manoel dos Santos, o Marzinho (PP), e membros Neuzi Berto Silveira (DEM) e André Mazzuchello Ju-coski, o Polakinho (PSDB).
Antes do início da sessão, o movimento colocou um carro de som em frente à Câmara, com o qual propagaram o áudio dos grampos telefônicos feitos aos envolvidos, incluindo o presidente da Cooperaliança, Pedro Deonízio Gabriel.
“Hoje está sendo aprovada a CPI que vocês tanto reivindicaram. Que ela não se-ja feita de forma ‘atropelada’. Mas, que seja um negócio sério”, opinou o vereador Diego Vittorassi (PDT).
Segundo Marzinho, a CPI não foi aberta por causa de “pressão”. “Não vamos a-brir por pressão. Mas, sim, por que nos reunimos e decidimos que é a coisa certa a fazer”, declarou.
O presidente do Legis-lativo, Polakinho, explicou que o requerimento não foi à votação na sessão passada por que precisava de quatro assinaturas e seis votos, sendo que naquele momento não havia quórum.
Durante o Horário Político, o vereador Joaci Domingos Pereira, o Boca (PP), acabou cometendo uma gafe, ao se referir ao patrocínio da empresa Rio Deserto a determinado campeonato esportivo. “Não é só nós. Tem várias pessoas se aproveitando da Rio Deserto”, disse, arrancando risadas até de outros vereadores.
Para o início dos trabalhos da CPI, é preciso que o presidente da Câmara baixe o ato administrativo, o que leva dez dias. “Vamos encarar a CPI com a maior tran-quilidade. Não vamos aceitar atos politiqueiros. Não adianta A ou B vir querer influenciar”, enfatizou o presidente da comissão, Jurê Carlos Botolon. Segundo Bortolon, os três vereadores afastados serão ouvidos pela CPI e ainda ou-tras pessoas, caso seja necessário.
Para um dos integrantes do MIV, Renato Brígido, o momento agora é de cobrar resultados. “Vamos aguardar o trabalho deles e, se houverem mais pessoas envolvidas, que também sejam punidas. Agora vamos cobrar”, enfatizou.
O MIV colocou um carro de som em frente a Câmara com as gravações dos envolvidos na CPI.
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