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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Geral: Bens da antiga Vectra devem ir à leilão

O edital do leilão dos bens imóveis da massa falida da Cerâmica Vectra sai nesta sexta-feira. Em 15 dias, é a vez do edital dos bens móveis ser publicado no Diário da Justiça.
Os bens estão avaliados em mais de R$ 21,8 milhões e o leilão está previsto para o dia 5 de novembro, às 14h30min. São terrenos em Içara e Criciúma, veículos, computadores, máquinas etc.
Segundo Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, a lei determina que os bens da massa falida sejam leiloados para que o pa-gamento dos trabalhadores seja realizado. Os débitos trabalhistas da Vectra giram em torno de R$ 3,5 milhões.
A ameaça à cooperativa
É ai que está o problema: estes ex-trabalhadores estão hoje participando da Coopervectra, cooperativa que abriu as portas depois da falência da antiga cerâmica. "Eles vão resolver um problema pequeno e formar um enorme. Somente para mim, a empresa deve três anos, mas se somente me pagar e tirar meu emprego, de que serve?", questiona Danilo Rufino, responsável pela cooperativa.
Hoje, 70 ex-funcionários trabalham em empregos diretos na cooperativa, além de mais 120, que operam em empregos indiretos.
Segundo Rufino, se este leilão acontecer, a cooperativa terá que fechar as portas, deixando desamparadas cerca de 70 famílias de Içara. Ele diz que ficou sabendo do leilão pela imprensa e a notícia deixou todos preocupados. "Nós nos assustamos, mas vamos continuar trabalhando. Só assim podemos manter empregados estes trabalhadores, que têm famílias para sustentar", afirma.
A intenção da Coopervectra é adquirir os bens da massa falida para que as atividades sejam garantidas.
Ricardo Bittencourt Custódio, diretor financeiro da Coopervectra, relata que os cooperados entrarão com um plano de compra dos bens para a justiça o mais rápido possível. "Temos uma garantia para apresentar. Firmamos parceria com a Sul Brasil e o fato de estarmos produzindo para uma empresa, vai acabar atraindo outras parcerias", afirma Custódio.
A palavra da lei
De acordo com a advogada Clélia Mara Fontanella Silveira, especializada em direito do trabalho, a possibilidade de não haver leilão é cogitável. "Mas tem que se analisar detalhadamente o caso e ver em que termos a cooperativa foi formada", explica a advogada.
Caso o leilão ocorra no dia 5 de novembro de 2008, os bens serão vendidos por preço igual ou superior à avaliação. Se os bens não forem arrematados, um outro leilão será realizado em 19 de novembro, às 14h30min. Nessa data, irá arrematar os bens quem oferecer o maior lance, mesmo que seja um valor inferior ao avaliado.

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