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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Polícia: Quanto mais perto das eleições, maior é a violência em Içara

As ocorrências sobre violência registradas em Içara estão cada vez mais freqüêntes. Depois de placas destruídas e carros depredados, a moda agora são as bombas de fabricação caseira. Há onze dias das eleições, mais dois casos de atentados com bombas foram registrados no município de Içara.
A bomba em baixo de um carro
O primeiro atentado foi no Jardim Silvana, por volta das 21h de terça-feira. A bomba foi lançada na garagem da casa da mãe de Rodrigo Mendes, conhecido por Sapinho, presidente da Associação de Moradores do bairro. Ele estaria morando com ela, temporariamente. No momento da explosão, Sapinho estava em uma reunião do partido. Sua mãe estava em casa com mais cinco pessoas, incluindo a mulher de Rodrigo e um bebê de um ano e quatro meses, filho do casal. "Eu estava dentro de casa e quase tive um ataque quando escutei o barulho. É muita falta de respeito. Meu filho nunca fez mal para ninguém", conta Maria Ambrosina Mendes, mãe de Rodrigo.
"Poderia ter acontecido uma tragédia. Isso é terrorismo. Pior é que paguei a primeira prestação do carro segunda-feira. Quem fez isso vai se arrepender mais tarde", comentou Sapinho, muito abalado com o ocorrido.
Segundo Ambrosina, o carro era movido a Diesel e isso fez com que o estrago não fosse tão grande. "Se fosse à gasolina, teria queimado toda a casa. A quantidade de fumaça que se espalhou na hora foi horrível", relata. A explosão destruiu o forro da garagem, partes da rede elétrica e jogou partes do veículo, uma Sportage, para todos os lados. Segundo a polícia, a bomba caseira teria sido colocada propositalmente em baixo do carro, e não arremessada. A dona da casa confirma o caso: "Aqui o portão sempre ficava aberto, pois é um local tranqüilo de morar". Os policiais ainda afirmaram que depois de rondas por to-do o bairro, nenhum suspeito foi encontrado. Alguns vizinhos dizem ter visto uma Blazer preta, com ocupantes armados, rondando o local na hora do atentado, mas a polícia não os encontrou.
Segundo Mendes relatou à polícia, a motivação do crime seria política, já que ele é cabo eleitoral de uma candidata a vereadora.
Bomba é jogada dentro da residência
O segundo caso de atentado com bomba caseira ocorreu na madrugada de ontem, por volta das 2h30min. O alvo, desta vez, foi no bairro Vila Nova. Ali, os vândalos teriam quebrado o vidro da frente da casa e jogado a bomba na cozinha. A casa, completamente de madeira, ficou com uma janela, parte do assoalho e o forro destruídos. "Vi de longe aquela fumaceira e vim conferir. Quando eu vi estava essa desgraça", diz o agricultor Aloar Borges Velho, a-pontando para o vidros quebrados na janela frontal da casa. Os peritos do IGP estiveram na residência e encontraram um pedaço de foguete de vara (usado em festividades) sobre o assoalho, que ficou parcialmente destruído com a explosão.
Segundo uma vizinha de porta do dono da casa, a desconfiança ali, o motivo também é político, mas em um caso diferente. "Pagaram para ele colocar uma placa em frente à casa, ele colocou, mas logo tirou. Eles foram lá e a pregaram de novo e ele tirou de novo. Então acho que foi por vingança", afirma.
Conforme o delegado Alfeu Orben, apenas um inquérito policial foi aberto porque os dois casos podem ter a mesma autoria. Ele vai encaminhar os casos ao juíz eleitoral de Içara.

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