Criado há uma semana pelo Programa Municipal DST/Aids, o Grupo Vida PositHIVa realizou a segunda reunião semanal, com novos membros e já com parte dos objetivos iniciais alcançados.
Aconteceu ontem a segunda reunião do Grupo “Vida PositHIVa”, criado pelo Programa Municipal DST/Aids, para portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), nas dependências do SAE (Sistema de Atendimento Especializado), na Rua Coronel Marcos Rovaris, Centro de Içara.
Na primeira reunião, ocorrida em 7 de julho, compareceram cinco mulheres e a professora da oficina, Mônica da Silva. Ontem, já vieram sete mulheres e um homem.
Para a professora, tem sido uma realização profissional fazer esse serviço voluntário. “Aqui ninguém sabe mais do que ninguém, todo mundo se ajuda”, explica.
O objetivo maior da criação do grupo era oferecer uma melhor qualidade de vida aos portadores do HIV, o que claramente já se mostra alcançado.
Para Maria, (nome fictício), 43 anos, o grupo é a nova família dela, pois sua família de verdade se afastou dela desde que souberam da doença, devido ao preconceito. “Aqui eu posso abraçar pessoas qu me querem bem, para suprir a falta do carinho dos meus entes queridos”, conta ela.
Já para outra integrante, Lúcia (nome fictício), de 33 anos, se não houvesse Vida PositHIVa, ela provavelmente estaria em casa, trancada no quarto, na cama, pensando muitas coisas negativas. “Mas graças ao amor da minha filha e do meu marido, eu pude ter forças para me levantar e vir aqui”, diz.
A psicóloga do grupo, Zulma Pereira Velho, explica que enquanto as pessoas estão no grupo, além de se concentrarem nas aulas, conversarem e se divertirem, ainda estão produzindo. “Isso muda a concepção do portador do vírus. Antes, era a de alguém condenado a uma cama de hospital. Agora, a de pessoas normais, batalhadoras e bem vivas”, expõe Zulma.
Todos os itens confeccionados na primeira reunião foram vendidos no mesmo dia. Segundo Zulma, 50% do valor fica para o artesão e 50% para um “caixa comum” do grupo.
As reuniões ocorrem todas as terças-feiras no mesmo local, qualquer pessoa pode participar, contanto que seja portador do HIV. São forncecidos passagens de ônibus e lanches.
Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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