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terça-feira, 29 de setembro de 2009

GERAL - Chuvas do final de semana deixam desabrigados em Içara


As chuvas, acompanhadas de fortes ventos, na madrugada de domingo, dia 27, causaram sérios prejuízos nas comunidade de Barra Velha e do Balneário Rincão, afetando milhares de pessoas.

Segundo a Defesa Civil de Içara as áreas mais atingidas no munícipio com as rajadas de ventos, que ultrapassaram os 90 km/h, na madrugada de domingo, 27, foram a Zona Sul do Balneário Rincão e a comunidade de Barra Velha.
Cerca de 43 pessoas estão desalojadas, dez desabrigadas e 6.330 foram afetadas(pequenos danos) pelas chuvas e vendaval. Há duas áreas públicas atingidas; 480 residências privadas, duas residências públicas e duas comunitárias danifica-das e 10 casas destruídas.
“Parecia ser mais forte do que o furacão Catarina. Estive presente nos dois e a ventania, que ocorreu perto das 2h30 min, de domingo, foi tão forte que a gente sentia as paredes da casa de alvenaria tremer. Ainda bem que durou poucos minutos, se tivesse pegado a Barra Velha de jeito, teria arrasado com tudo”, narrou o coordenador da Defesa Civil de Içara, Márcio Toretti.
Ele informou que há um casal ilhado no morro da Lagoa Mãe Luzia, na Zona Sul do Rincão, três famílias alojadas no Centro Comunitário, uma família abrigada na casa de familiares e uma no Centro de Educação Infantil (CEI) da Barra Velha. Ele e o presidente da Defesa Civil, Walterney Réus, estiveram nos locais afetados avaliando a situação e verificando o atendimento aos desabri-gados e as pessoas mais prejudicadas.
“O prefeito Gentil Dory da Luz pediu para dar todas as condições para que elas estejam sob um teto seguro, não passem frio ou fome. Quanto aos prejuízos nas casas a Prefeitura não tem como dar residências novas e tem ajudado na efetuação reparos de acordo com as possibilidades”, afirmou Toretti. Segundo ele foram providenciados colchões, kit bucal, e cestas básicas aos desabrigados.
Réus contou que a Secretaria de Obras vai fazer os remendos paleativos nas vias danificadas. “O prefeito vai decretar estado de emergência para que algumas medidas sejam viabilizadas, como a possível liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A ações para minimizar os efeitos serão tomadas pela Administração Municipal, dentro daquilo que se possa fazer”, ressaltou.
O casal Bruna José de Souza e Diego de Souza Piucco, está no CEI da Barra Velha desde a manhã de domingo, com a filha, de quase 3 anos, dormindo em colchões. Larissa, que está grávida, relata os momentos antes e pós tempestade: “Fez um grande barulho de madrugada, com vento muito forte, percebemos que o forro estava cedendo, a chuva alagava a casa, a minha filha ficou gritando. Não tínhamos o que fazer ou para onde ir. Ficamos até de manhã. Os bombeiros foram até minha casa e disseram que não tinha como ficarmos lá, pois o teto poderia desabar a qualquer hora”.
A família, cujo esposo é diarista numa fábrica de papelão, teve a casa destruída e todos os móveis, roupas e alimentos molhados e reclamaram: “Só mandaram a gente para o CEI, prometeram que arrumariam o telhado e nos dariam cesta básica, mas até agora estamos contando com a ajuda da vizinhança e da merendeira”, relatou Piucco.
A vizinha da casa ao lado, Maria Rita da Rosa Antônio, teve um dos quartos alagados, molhou o colchão, roupa de cama e alguns alimentos. O telhado corre o risco de desabar também, principalmente, se as chuvas persistirem. A família continua na residência, amontoados no cubículo que está seco. “Nos dá desânimo, mas graças a Deus não perdemos muito”, comentou Maria Rita, que também citou a promessa de cesta básica, que não teria sido cumprida até aquele momento, na parte da manhã.
Toretti afirmou que as cestas básicas já estavam disponíveis na tarde de domingo e ficou de verificar porque motivo ainda não foram entregues.
Não foram registrados nenhum ferido ou desaparecido em Içara.

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